Abitrigo deve acionar Argentina
Farinha argentina ingressa como pré-mistura e é subtaxada
A Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo) deve pedir compensações ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio por conta da entrada de pré-mistura de farinha argentina no mercado nacional.
A pré-mistura é criticada há anos pelo setor porque a Argentina vem aplicando alíquotas diferentes. "É um claro incentivo do governo argentino para exportar pré-mistura", avaliou o presidente da Abitrigo, Samuel Hosken. De acordo com o dirigente, o país vizinho faturou 39 milhões de dólares com a venda do produto ao Brasil "operação tarifada em 5%" e 10,9 milhões de dólares em farinha "que paga taxa de exportação de 20%". A entidade aguarda a conclusão da argumentação jurídica, o que deve ocorrer até o final de março, a fim de apresentar o pedido administrativo.
No Estado, o presidente do Sindicato das Indústrias de Trigo (Sinditrigo), Rogério Tondo, saudou a inciativa da Abitrigo. Segundo ele, "nos últimos três anos, as importações de farinha argentina caíram a quase zero, sendo substituídas pela pré-mistura" - que consiste na simples adição de sal à farinha.