A nova ação antidumping movida por citricultores americanos contra empresas brasileiras exportadoras de suco concentrado e congelado de laranja será iniciada nesta quarta-feira (19-01) com uma audiência promovida pela International Trade Commission (ITC), órgão do Departamento de Comércio dos EUA. Nessa primeira fase, os representantes da ITC irão ouvir testemunhas, analisar os argumentos dos autores da ação e as explicações das partes contrárias. Só então decidirão se acolherão a queixa e a conveniência da ação.
O presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus), Ademerval Garcia, diz que o desfecho de processos como esse é imprevisível. “Tanto poderá ser encerrado em uma semana, por ser considerado sem fundamento, quanto poderá se alongar por meses e resultar em ônus adicional para as empresas brasileiras exportadoras de suco.”
A ação está sendo movida contra a Cutrale, Citrosuco, Cargilll e a Coinbra porque os produtores de laranja da Flórida, estão impedidos de processar o País, como ocorreu em outra ação antidumping, kovida em 1987. Como seus efeitos estão em vigor , embora na prática não implique em ônus para o produto brtasileira, a saída quye a Associação dos Produtores de Cítricos da Flórida encontrou foi acionar as empresas brasileiras de suco.
Caso os produtores americanos sejam bem sucedidos nesse empreitada, o suco de laranja brasileiro ficará duplamente onerado. O produto já é taxado em US$ 418 por tonelada a título de tarifa de importação. “Não se trata portanto de contencioso e não é passível de contestação”, afirma Garcia. O presidente da Abecitrus acredita que os danos causados pelos furacões no ano passado tenham contribuído para que os citricultores buscassem instrumentos para ampliar a proteção as seu produto. Proporcionaram também um argumento político para respaldar a ação.