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Acrimat quer maior prazo às linhas da pecuária

"Ainda é preciso mais recursos e principalmente maiores prazos para o pagamento dos financiamentos do setor"


A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), que participou do lançamento oficial da contratação da safra 2011/2012, avalia como positivo o incremento de 20% na oferta de recursos, por parte do Banco do Brasil, mas frisa que ainda é preciso mais recursos e principalmente maiores prazos para o pagamento dos financiamentos do setor pecuário.


“Precisamos de condições diferenciadas para a pecuária, sobretudo para a recuperação de pastagem, tanto no aumento de recursos como na ampliação dos prazos que hoje é de oito anos e nossa necessidade é de pelo menos 12 anos”, frisa o presidente da entidade, José João Bernardes. Ele alega que “só assim vai diminuir a pressão que o setor sofre com as questões ambientais e o produtor poderá investir em tecnologia, aumentar a produtividade nas mesmas áreas de pastagens e consequentemente, preservar ainda mais o meio ambiente”.

Mato Grosso tem atualmente uma área de pastagem de aproximadamente 25 milhões de hectares, um rebanho de 28,7 milhões de cabeças em mais de 100 mil propriedades rurais voltadas para a pecuária. Nos últimos 15 anos os investimentos feitos pelos pecuaristas em tecnologia evitaram um desmatamento de 16,8 milhões de hectares em Mato Grosso, segundo levantamento solicitado pela Acrimat ao Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e para o setor produtivo, esses números poderiam ser maiores se houvesse uma política pública que atendesse às reais necessidades dos criadores de gado. “O pecuarista não tem tradição de fazer grandes financiamentos, pois as linhas oferecidas, na sua maioria, não atendem às necessidades”, comentou o presidente da Acrimat.


O superintendente do Banco de Mato Grosso, Eloi Medeiros Junior, disse que “a safra desse ano veio com novidades para o setor pecuário, com um maior volume de recursos e o prazo que era de seis anos em algumas linhas, passou para oito anos”. Ele ressaltou que a instituição financeira segue normas das políticas públicas e que qualquer mudança precisa ser aprovada pelo governo federal. “Estamos sempre conversando e realizando parcerias com a Acrimat e trabalhamos para atender o nosso cliente, principalmente os produtores rurais”.

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