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Acrismat participou de audiência pública que cobrou medidas de apoio do governo

Lideranças do setor e representantes do governo, que debateram medidas de apoio aos produtores de suínos


Lideranças do setor e representantes do governo, que debateram medidas de apoio aos produtores de suínos

A Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) participou nesta quarta-feira (04.10), de audiência pública que discutiu a atual crise da suinocultura na Câmara dos Deputados, em Brasília.  Lideranças da cadeia produtiva, deputados da Frente Parlamentar da Suinocultura e representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério da Fazenda, Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateram o atual cenário da produção suinícola no país e apresentaram propostas de medidas que possam auxiliar os produtores nesse momento de dificuldade.

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, deu início à discussão apresentando um panorama da crise na suinocultura desde quando iniciou em janeiro de 2016 e também comentou as baixas perspectivas do mercado interno para 2017. Segundo ele, de janeiro a setembro deste ano, o setor já acumula R$ 2,4 bilhões de prejuízo.

“Talvez essa seja a maior crise dessa década não só para os produtores, mas também para a indústria de uma forma geral e infelizmente não estamos vendo uma solução a curto prazo. Pelas nossas perspectivas esse quadro só vai começar a mudar em julho do próximo ano, com a entrada da safrinha, então é necessário adotar medidas emergenciais para que a cadeia não sofra perdas sem precedentes”, disse.

Na ocasião, Lopes ainda comentou os principais pleitos que vem sendo defendidos pelo setor e que ainda não tiveram reposta por parte do governo, entre eles a isenção do PIS/CONFINS para importação de milho, a prorrogação dos custeios pecuários para suinocultores e a renegociação da resolução nº 4.119/2012, que foram negados; além do aumento do limite de venda de milho balcão e da prorrogação de linha crédito para retenção de matrizes, que foram parcialmente atendidos e são pouco efetivos para solucionar a crise.

“Uma das principais medidas que hoje defendemos é a importação de milho dos Estados Unidos. Segundo o Mapa, haverá uma reunião ainda essa semana com a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e parece que as negociações estão bem avançadas e, sendo feito isso, acredito que sejam resolvidos grande parte dos problemas em relação a custo de produção. Além disso, temos o pedido da inclusão de uma linha de crédito específica para retenção de matrizes no Plano Agrícola Pecuário”, completou Lopes.

De acordo com o diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, apesar da crise na suinocultura mato-grossense todos estão esperançoso. “Saímos daqui na expectativa do auxílio do governo. Uma alternativa enquanto isso não acontece, é fazer como a cadeia do frango e minimizar o impacto diminuindo a oferta de carne, o que é algo muito difícil de fazer”, destacou.

 

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