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Açúcar gera nova controvérsia entre o Brasil e Argentina


As disputas sobre a comercialização dos produtos têxteis, que mobilizaram empresários e negociadores do Brasil e da Argentina, são apenas um dos itens na lista de diferenças entre os dois principais sócios do Mercosul. Em meio às discussões sobre a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), Brasil e Argentina ainda enfrentam barreiras no próprio mercado interno.

O açúcar é um tema tabu para os argentinos, os produtos agroquímicos geram controvérsia para os dois lados e os produtores de carne de porco, de máquinas agrícolas e da chamada linha branca (produtos como geladeiras e fogões) também reclamam, a exemplo dos industriais do setor têxtil, contra a ""invasão"" de similares brasileiros.

Na opinião do secretário de Agricultura do governo do presidente Néstor Kirchner, Miguel Campos, a busca conjunta de novos mercados é o melhor remédio para superar estas encrencas - que no caso do açúcar arrasta-se há anos. Numa entrevista de uma hora ao Jornal do Brasil, em seu gabinete em Buenos Aires, Miguel Campos, avisou que não há pressa para se incluir este item no livre comércio do bloco. "Não existe prazo nenhum para se incluir o açúcar", informou o secretário.

E ao ser lembrado que o produto é o único que está fora do livre acesso no Mercosul, Campos reagiu. "O açúcar não é o único. Há outros produtos, como o agroquímico", acrescentou.

A declaração decepciona os negociadores e exportadores brasileiros que esperavam uma solução definitiva para este assunto pelo menos até 2006, conforme ficou combinado na última reunião de cúpula do Mercosul, realizada em dezembro do ano passado, no Uruguai, como lembrou um diplomata brasileiro.

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