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Adesão ao sistema de rastreabilidade alcança apenas 39% em MT

Aplicação de cada brinco custa ao pecuarista cerca de R$ 1,20. Mato Grosso é o segundo colocado no ranking nacional


Mato Grosso incluiu 1,362 milhão de animais no Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) de janeiro a julho deste ano, o que equivale a um investimento de aproximadamente R$ 1,089 milhão somente com a aplicação de brincos nos animais, que tem um custo de cerca de R$ 1,20 por cabeça. O Estado é o segundo no ranking nacional, que contabilizou 6,1696 milhões de animais rastrados, e representa a 22% do registro total no país.

Mas a posição de Mato Grosso não significa que o número esteja dentro do esperado, pois representa apenas 38,9% do estimado de pelo menos 3,5 milhões de cabeças. A data limite para adesão é dezembro deste ano e para atender a essa exigência do mercado (3,5 milhões), os pecuaristas do Estado devem aplicar cerca de R$ 2,8 milhões somente na brincagem.

Na opinião do coordenador técnico de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Luiz Carlos Meister, o número está aquém do esperado, levando-se em consideração que a média de abate de animais é de aproximadamente 5,2 milhões ao ano, e que em 2007 a previsão é exportar um total de 3,5 milhões de cabeças somente para países da União Européia. "Temos um número inferior ao ideal, diante do rebanho de 26 milhões de cabeças. Por isso estamos muito preocupados, chegando a pensar em um "apagão" de boi rastreado no Brasil".

Ele acredita que a demora na adesão deve estar ocorrendo em função de uma outra etapa na rastreabilidade. Além da brincagem, as propriedades deverão ser vistoriadas por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) encarregados da certificação das fazendas, cujos pecuaristas deverão acompanhar todo o desenvolvimento do rebanho, o que inclui vacinação, manejo e alimentação. "A Famato está trabalhando junto aos produtores para acelerar a adesão afirmando que a ação é importante para que o Estado conquiste mais mercado externo, além de garantir a qualidade do produto".

Segundo levantamento do Mapa, o topo da lista é ocupado por Mato Grosso do Sul, onde 1,474 milhão de cabeças foram rastreadas de janeiro a julho deste ano. A unidade da federação onde houve a terceira maior adesão ao sistema de rastreabilidade foi Goiás, com 1,344 milhão de animais rastreados no primeiro semestre. As informações são da assessoria de imprensa da Famato.

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