A AGCO do Brasil inaugurou nesta segunda-feira (24-11) a ampliação do Centro Tecnológico em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, para agilizar a produção de tratores e colheitadeiras. O investimento total ultrapassa os US$ 4 milhões e a área vai ocupar um espaço de 1.800m2. A multinacional tem por objetivo qualificar ainda mais a produção de máquinas agrícolas com equipamentos modernos trazidos da unidade de Coventry, na Inglaterra, para desenvolver testes mais rígidos em seus produtos.
Segundo o diretor de Engenharia para o Desenvolvimento de Produto na América do Sul, Luiz Fernando Ghiggi, a partir de agora será possível realizar testes de campo no interior do Centro Tecnológico. “Agora será possível realizar simulações de campo dentro do Centro Tecnológico, e por isso teremos um índice de acerto muito maior. Mesmo assim os testes continuarão sendo realizados no campo”. Ghiggi justifica que as condições climáticas no Brasil não são sempre as ideais para realizar os testes em campo. “Ao invés de fazer tentativas no campo, todo o desenvolvimento será feito aqui dentro”, complementa.
A partir desta ampliação, a AGCO fica capacitada para atender normas internacionais, credenciando e consolidando as fábricas de Canoas e Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, para atender às exigências do mercado externo. “A AGCO pretende reduzir os custos através do processo de nacionalização, com isso os novos componentes vão passar por uma homologação para garantir a mesma confiabilidade que tinham em seu país de origem”, destaca Ghiggi.
Outro ponto destacado é o tempo de lançamento de um produto, que passa de quatro anos para um ano e meio. Em razão disso, será possível aumentar o volume de exportação. De acordo com o superintendente da AGCO no Brasil, Normélio Ravanello, a meta da empresa é superar a marca de 50% de sua produção destinada às vendas externas. “Há quatro anos esse índice não atingia 5%”, lembra.
O novo Centro Tecnológico tem mais de 60 bancos de testes, sendo que 45 podem ser utilizados simultaneamente. Entre os principais equipamentos podem ser citados a câmara fria e quente, que permite testar motores a temperaturas acima de 60 graus centígrados e até 25 graus abaixo de zero. “Com isso, facilitará as exportações de máquinas a países com climas extremos”, afirma Ghiggi. Outro produto é a câmara de pó que simula uma situação de abrasividade no campo. Também há testes anti-capotamento, de embreagem, caixa de câmbio, entre outros.
Para Ravanello, a AGCO espera obter o retorno do investimento em quatro anos, porém o objetivo é ainda maior. “Este investimento é uma necessidade absoluta para continuarmos crescendo”, finaliza.
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