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Agenda de Lula e Bush fortalece a cooperação


Temas como Alca e subsídios dão lugar a parcerias. O avanço significativo nas relações entre o Brasil e os Estados Unidos passa pelo fortalecimento dos pontos convergentes e o tratamento das divergências, comerciais ou políticas, em foros apropriados, sem que discordâncias pontuais, por maiores que sejam, contaminem toda a ampla agenda de interesses que unem as duas nações. O destaque a uma agenda positiva de longo prazo entre Brasil e EUA dará hoje o tom no encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o anfitrião George W. Bush, na Casa Branca, em Washington.

"Por conta dos contenciosos, as relações bilaterais acabam sempre calcadas nos atritos, é preciso olhar o futuro, esta-belecer as bases para se discutir uma política bilateral para os próximos dez anos", disse o embaixador Rubens Barbosa a este jornal, em Washington, às voltas com a preparação de um dos mais significativos encontros entre um presidente brasileiro e um norte-americano nos EUA dos últimos tempos.

Com isso, temas que possam elevar a temperatura entre as partes, como a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), subsídios, aço, suco de laranja e até mesmo a firme posição brasileira contrária à guerra no Iraque - Lula é o primeiro chefe de Estado que se opôs à guerra a ser recebido por Bush -, deverão dar lugar a negociações em torno de parcerias nas áreas de energia (nuclear e biomassa), agricultura, saúde, meio ambiente e programas sociais.

Ou a questões de política regional, diante do reconhecimento por parte dos EUA, atestam as fontes diplomáticas, à crescente liderança do Brasil no continente sul-americano.

No caso da Alca, espera-se até alguma menção "leve" por parte de Bush, mas nada que possa alterar o clima de entendimento entre os dois líderes, clima esse já percebido desde o primeiro encontro, em dezembro de 2002, antes mesmo de Lula tomar posse.

O encontro de hoje, previsto para começar às 11h50, horário de Brasília, vai além das simples formalidades de uma visita de um chefe de Estado à Casa Branca.

Bush e provavelmente dois representantes de seu governo irão receber Lula e outros dois brasileiros (Rubens Barbosa e José Dirceu) no Salão Oval.

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