CI

Agentes de saúde e Emater/RS-Ascar debatem uso seguro e efeito colateral das plantas medicinais

No Brasil, cerca de 30% dos medicamentos, como a aspirina e o buscopan, têm princípio ativo extraído de plantas.


Eficazes no tratamento de doenças, as plantas medicinais, como todo medicamento, têm efeitos colaterais, muitas vezes ignorados pelos consumidores. A preocupação com o uso seguro e racional das plantas, entre consumidores do campo e da cidade, motivou um debate nesta quinta-feira (13/10), em Ibirubá. Participaram do encontro agentes de saúde, profissionais da gestão SUS (Sistema Único de Saúde), extensionistas da Emater/RS-Ascar e pesquisadora da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), farmacêutica Cristiane Collet. No Brasil, cerca de 30% dos medicamentos, como a aspirina e o buscopan, têm princípio ativo extraído de plantas.

Nos últimos anos, segundo Cristiane, o país evoluiu muito na construção de políticas públicas que incentivam a pesquisa e o uso de plantas medicinais e fitoterápicos (planta que foi industrializada na forma de cápsulas, xarope, pomada). "Existem as políticas nacionais de plantas medicinais e fitoterápicos que têm incentivado muito as pesquisas e, inclusive, liberado recursos para que as universidades possam desenvolver suas pesquisas e descobrir novos resultados, relativos à segurança, e eficácia de plantas medicinais. Então, existe uma melhora em relação às políticas que incentivam tanto as pesquisas como o uso", disse a pesquisadora.

A Unijuí, por exemplo, pesquisa os benefícios da amora branca em mulheres na menopausa. A universidade também faz testes com plantas no controle do carrapato no gado. 

Mito

Ao final do encontro, os participantes reconheceram que é necessário combater a ideia de que as plantas medicinais, por serem naturais, não fazem mal. "Como sou farmacêutica me preocupo muito com o uso concomitante de plantas medicinais com medicamentos alopáticos. Não são todas as pessoas que podem usar plantas e não é qualquer planta que pode ser colocada na chaleira. Nós, profissionais da saúde, temos de ter este cuidado", insistiu Cristiane.

"Nós temos um problema muito sério que é o uso inadequado das plantas para chás. Todos esses cuidados devem ser tomados para não nos intoxicarmos", resumiu a engenheira agrônoma da Emater/RS-Ascar, Aline Deutsch.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.