CI

Agentes fiscalizarão cumprimento de vazio sanitário em Mato Grosso

Em 2011, quase 3 mil propriedades foram fiscalizadas pelo Indea


Em 2011, quase 3 mil propriedades foram fiscalizadas pelo Indea

Entra em vigor nesta sexta-feira (15) o período do vazio sanitário em Mato Grosso. O plantio da soja com caráter comercial fica proibido - exceção para a finalidade pesquisa e sementeiras - até 15 de junho. O objetivo é diminuir a incidência do fungo Phakopsora pachyrhizi nas plantas e minimizar os impactos provocados pela doença. Somente na safra 2011/12 a doença provocou perdas de quase R$ 1 bilhão nas lavouras do estado, segundo estimativa da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja).

Atenção para que se eliminem as chamadas plantas 'guaxas' ou como destaca Ronaldo Medeiros, do Programa Estadual de Controle da Ferrugem Asiática da Soja, aquelas que nascem involuntariamente a partir dos grãos que caem no solo durante o processo de colheita, ou mesmo na hora do

Conforme Medeiros, a partir de sexta-feira fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) vão acompanhar o cumprimento da proibição em diferentes municípios do estado. Em 2011, 2.813 propriedades foram fiscalizadas durante o intervalo. Ao todo, 331 foram notificadas pela existência das plantas involuntárias e outras 40 multadas pela não eliminação.

"O objetivo do vazio sanitário é eliminar a ponte verde que é a soja e baixar a população do fungo para que quando o produtor for plantar o fungto esteja ausente ou mesmo em menor proporção", destacou ao Agrodebate. Em 2012, pelo menos 50 fiscais do Indea devem visitar propriedades durante os 90 dias de vigência.

A soja é atualmente o principal item comercial do agronegócio mato-grossense. Somente safra 2011/12 o estado produziu 20,4 milhões de toneladas, o maior volume nacional do país. Mas as lavouras foram severamente atacadas pela doença. Pelo menos 88 focos da doença foram contabilizados por meio do Consórcio Antiferrugem da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O número deixou a unidade federada na segunda posição do ranking nacional, encabeçado por Goiás, que durante a safra contabilizou 108 casos. No entanto, os números podem ainda maiores que os notificados, levando-se em conta a não comunicação aos laboratórios credenciados acerca do problema.

Como destaca o engenheiro agrônomo Adalberto Basso, o perigo é que a próxima safra da oleaginosa seja semeada em meio à ferrugem. "Por isso a ideia é diminuir inóculo nas lavouras para não haver possibilidade do fungo se desenvolver", complementou.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.