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Agricultores retomam colheita

Agricultores da região de Campo Mourão/PR estão aproveitando o tempo bom para finalizar a colheita do milho safrinha


Agricultores da região de Campo Mourão estão aproveitando o tempo bom para finalizar a colheita do milho safrinha. A colheita de milho estava paralisada devido as chuvas que atingiu o Estado durante praticamente todo o mês de julho. O excesso de umidade causou perda na qualidade dos grãos na maioria das áreas.

O agricultor Albino Nespolo estava com a colheita parada há mais de 30 dias. Ele conta que havia colhido apenas 20% e ontem a tarde o trabalho foi retomado. Ele calcula uma perda de 60 a 70% de perdas na produção devido a geada e o excesso de chuva. A área cultivada por ele é de 50 alqueires, na saída para Goioerê, e a previsão era de colher 200 sacas por alqueires. "A média final foi estipulada em 100 sacas, mas não sei se chega a esse número", pondera.

"Ainda tive sorte de a área não ser atingida pela seca. O seguro já foi acionado. Nesse preço que o milho está precisava colher 100% para cobrir pelo menos o custo. O seguro deve cobrir parte do prejuízo e boa tarde vai ficar por minha conta", pondera. Ontem a saca de milho com 60 quilos estava sendo comercializada a R$ 14,60.

O agricultor Gabriel Jort plantou 40 alqueires de milho e conta que nessa época do ano já era para ter concluído a colheita e plantado aveia como cobertura do solo. "Além do atraso na colheita, o excesso de chuva está causando perdas na qualidade do produto e tem caso até de grãos brotando na espiga", assinala.

Jort tem feito nos últimos anos um acompanhamento sobre os índices de chuva em sua propriedade rural, situada no Anel Viário de Campo Mourão. Segundo ele, nesse mês já foram 11 chuvas que acumularam 155 milímetros. Já no mês passado, o número de chuva foi o mesmo, porém a quantidade ficou em 35 milímetros. O produtor conta que a produção já sofreu perdas de 30% com a seca e 10% com a geada.

Na região foram plantados 290 mil hectares de milho safrinha. A previsão inicial é de que fossem colhidos 1,16 milhão de toneladas. A mais recente estimativa feita pelo Departamento de Economia Rural, órgão da Secretaria da Agricultura, mostrava que devido a falta de chuva e a geada que castigaram as lavouras no início do desenvolvimento, a estimativa é de que uma produção de 764,4 mil toneladas. Uma queda de 402,7 mil toneladas, que representa 34,5%, sendo que 28% foi causado pela seca e 6,5% pela geada.

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