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Agricultura é tema do 4º Fórum Brasil-África

Encontro contará com a participação de autoridades e especialistas do Brasil e de países africanos


As estratégias para o desenvolvimento da agricultura serão o tema do 4º Fórum Brasil África, que ocorre dias 03 e 04 de novembro em Foz do Iguaçu, no Paraná. O encontro contará com a participação de autoridades e especialistas do Brasil e de países africanos, como Blairo Maggi, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, e Akinwumi Adesina, presidente do Banco Africano de Desenvolvimento.

O evento é promovido pelo Instituto Brasil África e conta com o apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. “Esse tema foi escolhido pois a agricultura é a melhor oportunidade de diálogo e de [realização de] negócios entre o Brasil e o continente africano”, destaca João Bosco Monte, presidente do Instituto Brasil África.

Monte lembra que o governo brasileiro tem realizado projetos de cooperação técnica por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), órgão do Itamaraty, e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em países como Togo, Tanzânia, Gana, Moçambique e Angola. Os projetos, principalmente de transferência de tecnologia, têm ajudado no desenvolvimento de culturas como mandioca, feijão e algodão.

Ele ressalta que a transferência de técnicas de manejo também tem se mostrado importante na parceria entre o Brasil e os países africanos no setor agrícola. “Não apenas enviamos nossa tecnologia, mas mostramos como se usa essa tecnologia. Ajuda muito ter o técnico que sabe quando é hora de plantar e quando é hora de colher”, exemplifica.

O presidente do Instituto Brasil África lembra que o Brasil tem, em regiões como a Nordeste, solo e condições climáticas similares aos encontrados em países africanos, o que faz com o Brasil seja um exemplo buscado por governos e empresas privadas daquelas nações para o desenvolvimento de sua agricultura. “A savana africana é muito parecida com o cerrado brasileiro”, aponta o executivo.

Além do governo, Monte menciona iniciativas do setor privado. Ele lembra de companhias como a Kepler Weber, que produz silos para o armazenamento de grãos e que atua em países como Quênia e Tanzânia, e de indústrias de máquinas que passaram a exportar para países africanos equipamentos desenvolvidos para as condições de solo do Brasil semelhantes às encontradas na África.

Outro tema do evento é o financiamento de projetos agrícolas. O assunto será tratado especialmente pelo presidente do Banco Africano de Desenvolvimento. Monte afirma ter ouvido de Adesina que “o modelo de agricultura do Brasil é o que deve ser perseguido pelos países africanos”.

De acordo com Monte, a expectativa é que o fórum receba 300 pessoas, entre empresários, ministros e autoridades. “Esperamos ter um fórum de alto nível e que depois venham as ações de continuidade que é o que nos interessa”, avalia.

O executivo conta ainda que será lançado o Programa de Capacitação Técnica de Africanos no Brasil. A iniciativa pretende trazer pessoas de países africanos para receberem treinamento no Brasil em áreas como agricultura, tecnologia, saúde e gestão. Monte diz que os treinamentos serão financiados por um fundo a ser criado com doações de instituições nacionais e internacionais. Os treinamentos estão previstos para ter início no segundo semestre de 2017 e a expectativa é que em seu primeiro ano o fundo arrecade US$ 2 milhões.

Entre outros nomes de destaque que participarão do fórum estão Daniel Balabán, diretor-geral do Centro de Excelência contra a Fome; Paulo Speller, secretário-geral da Organização dos Estados Ibero-Americanos; Issad Rebrab, presidente do grupo argelino Cevital; e Michel Alaby, diretor-geral da Câmara Árabe, que atuará como mediador de um dos painéis do evento.

Serviço

4º Fórum Brasil África
Dias 03 e 04 de novembro
Local: Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), Foz do Iguaçu, Brasil
As inscrições podem ser feitas até o dia do evento pelo link www.forumbrazilafrica.com/inscreva-se-ja
A programação completa do fórum está disponível na página www.forumbrazilafrica.com/programacao
O custo de participação para o público geral é de R$ 1,5 mil. Estudantes não pagam a taxa, mas precisam se inscrever com antecedência

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