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Agricultura familiar ganha novos sistemas agroflorestais


Boa Vista - Mais de 20 novos modelos de sistemas agroflorestais, desenvolvidos pela Embrapa, para a agricultura familiar, já foram implantados, em fase experimental, no estado de Roraima, nos últimos quatro anos. Esses sistemas estão mudando a vida de dezenas de agricultores nos municípios de Mucajaí e Cantá, na região centro-sul do estado.

Dependendo do modelo utilizado, cada família está tendo um faturamento líquido de R$ 2 mil a R$ 5 mil, anualmente, por hectare, incluindo a remuneração da mão-de-obra. A maioria dessas propriedades tem, em média, 3 hectares.

Os modelos, que consistem na associação de árvores madeiráveis como eucalipto, cedro-doce e acácia, à fruteiras como banana, cupuaçu e pupunha; e culturas anuais, como arroz, feijão, milho e mandioca, oferecem sistemas rentáveis e com uma produção a longo prazo. “ Os pequenos agricultores estão buscando a diversificação da renda; a diminuição dos riscos de perdas da produção; maior controle de pragas; diminuição do êxodo rural; e agregação de valor aos produtos”, ressalta o pesquisador Marcelo Arco-Verde, responsável pelo desenvolvimento desses sistemas.

Os sistemas agroflorestais desenvolvidos pela Embrapa Roraima, segundo Marcelo Arco-Verde, buscam alternativas mais rentáveis para os modelos tradicionais, como o “derruba e queima”, onde uma grande área de floresta primária ou secundária é destruída todo ano para dar lugar a plantios anuais.

A prática do “derruba e queima”, citada pelo o pesquisador, só mantém níveis aceitáveis de produtividade por um período máximo de 2 anos. “Depois – explica Arco-Verde – o agricultor abandona a área, devido ao rápido declínio da fertilidade do solo e o aumento de plantas invasoras, e parte para o desmatamento de outra área de floresta, gerando mais despesas”.

PORTE MÉDIO – Como o estado de Roraima tem uma população estimada em pouco mais de 324 mil habitantes, segundo o IBGE, os municípios de Mucajaí, com 11.382 habitantes; e Cantá, com 9.213 moradores, são considerados de porte médio. Mucajaí, a 55 quilômetros de Boa Vista, participa do bolo do ICMS estadual com 0,57 por cento. Já Cantá, a 30 quilômetros da capital, tem uma participação mais tímida no ICMS: 0,43 por cento.

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Mais informações com o pesquisador Marcelo Arco-Verde. Telefone (95) 626-7125 – ramal 223 . E-mail: [email protected]

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