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Agroindústria argentina diz que precisa de mais soja para evitar capacidade ociosa

Há uma grande preocupação com o abastecimento de grãos


A indústria processadora de grãos da Argentina está preocupada que uma produção insuficiente de soja mantenha uma elevada capacidade ociosa em suas processadoras, disse o presidente da câmara Ciara-Cec. A Argentina, a principal exportadora global de óleo e farelo de soja, tem um complexo de unidades que podem processar 65 milhões de toneladas no ano.

No entanto, Alberto Rodriguez, titular da Ciara-Cec, antecipa a capacidade ociosa entre 20 e 23 por cento, o que assombra o clima de boas expectativas no setor agropecuário criadas pelas políticas liberais do presidente Mauricio Macri. "Há uma grande preocupação com o abastecimento de grãos. Se a produção de soja não crescer, vamos continuar tendo problemas de capacidade ociosa", disse Rodriguez, que não prevê um crescimento na colheita da oleaginosa e advertiu inclusive sobre uma queda de produção.

O governo de Macri eliminou os limites e impostos sobre as exportações de trigo e milho, muito criticados pela maioria dos agricultores argentinas, o que reduziu o atrativo de cultivar soja. A medida teve um impacto imediato e, segundo a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR), produziu um crescimento de 32 por cento na área semeada com trigo em 2016/17, que somaria 4,5 milhões de hectares, e também gerou expectativas para uma forte alta na área do milho para 2016/17.

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