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Agroindústria fecha o primeiro semestre com 1,5% de crescimento


A agroindústria registrou crescimento de 1,5% no primeiro semestre deste ano. O resultado está acima da média de expansão da indústria nacional, que não passou de 0,1%, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda assim, segundo o levantamento, o desempenho da indústria agropecuária, nos primeiros seis meses deste ano, ficou abaixo dos excelentes níveis alcançados no primeiro semestre do ano passado (8,9%) e durante todo o ano de 2002 (8,4%).

As exportações foram os responsáveis por boa parte desse bom desempenho do setor, até o momento. Resultados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que entre janeiro e junho de 2003, na comparação com mesmo período de 2002, houve expansão significativa em diversos produtos comercializados no mercado internacional.

Os mais significativos foi óleo de soja (108,1%), carne bovina industrializada ( 73,2%), carne suína congelada (69,1%), carne de frango industrializada (56,9%), carne bovina congelada (53,4%), açúcar (44,2%), café (18,1%), e, entre outros, fumo (10,2%).

Fatores positivos

Técnicos do IBGE apontam diversos fatores conjugados para o bom desempenho da agroindústria este ano. Entre eles, a volumosa safra de grãos (com previsão de quase 120 milhões de toneladas, 23% acima de 2002) e da cana-de-açúcar; aumento de produtividade na indústria e no campo; capitalização dos agricultores em função dos ganhos nos últimos dois ciclos de negócios e câmbio favorável no período final do ano anterior, impulsionando as exportações. Além disso, foram mencionados o estímulo à produção, decorrente da recuperação dos preços internacionais de produtos agroindustriais relevantes na pauta de exportação brasileiras.

A abertura de novos mercados para os produtos brasileiros, principalmente o mercado da China, também é apontado pelos especialistas do IBGE: "O País registrou, no primeiro semestre deste ano recorde de exportações de soja para a China. Assim, o Brasil consolida-se, assim, como o principal cliente do Brasil, respondendo por cerca de 36% dos embarques do grão para o exterior".

Produtos industrializados

Máquinas e equipamentos e adubos e fertilizantes foram os que mais cresceram, entre os produtos industriais utilizados pela agricultura. A expansão média do agregado "produtos industrializados usados pela agricultura" foi de 13,7%, no primeiro semestre deste ano. A alta reflete tanto a expansão do segmento de máquinas e equipamentos agrícolas (23%), quanto o de adubos e fertilizantes (4,9%).

O crescimento na fabricação de adubos e fertilizantes foi impulsonado, principalmente, pelo aumento da produção de cana-de-açúcar e de grãos, sobretudo da soja, com safra prevista de cerca de 51 milhões de toneladas este ano (e para a qual destinam-se quase 35% do total de adubos e fertilizantes produzido pelas indústrias do setor), café, milho e trigo.

Mas os produtos industriais utilizados pela pecuária tiveram queda de 4,8% em janeiro/junho último, na comparação com meses de 2002. Os técnicos do IBGE observam, contudo, que a queda deve ser relativizada, por conta do elevado ritmo de crescimento no primeiro semestre do ano passado (13,6%). A principal razão para o recuo deste ano foi a pressão negativa do subsetor de soros e vacinas ( queda de 25,4%). No segmento de rações, houve crescimento de 1,3% , acompanhando o aumento das vendas externas de setores que utilizam mais largamente este insumo.

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