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Agronegócio busca alternativas em meio à reforma tributária

Estratégias para ampliar desoneração do setor agro


Foto: Pixabay

Enquanto a reforma tributária se desenha em Brasília, o agronegócio se movimenta para contornar as complexidades legais que limitam seus ganhos. A Becomex revela que apenas 10% das exportações agropecuárias atualmente utilizam regimes especiais na cadeia produtiva e planeja intensificar sua atuação nesse cenário desafiador.

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O grande desafio, segundo o vice-presidente da Becomex Paulo Paiva, é reduzir os créditos de impostos acumulados nos diversos elos da cadeia produtiva. "Nós criamos um ambiente de colaboração entre fornecedores e produtores, mostrando como cada um deles pode reduzir seus custos fiscais e tributários. Menos sobrecarregadas, as partes tem uma melhora no fluxo de caixa que facilita a negociação de preços. Isso cria um ambiente mais saudável para os negócios."

Segundo Paiva, a unificação de impostos prevista na reforma tributária não resolve muitas das questões que precisam ser sanadas no agro. "Nossa atuação agiliza os processos, favorecendo também o comércio exterior, pois torna os produtos brasileiros mais competitivos lá fora," diz Paiva.

Maurício de Moura, diretor de inovação para o agronegócio na Becomex, ressalta que 70% dos 77 milhões de hectares cultivados no Brasil já adotam o plantio direto, uma técnica que possibilita colheitas sucessivas no mesmo terreno. "Estamos em um excelente momento para otimizar esse ganho de produtividade. Nosso esforço é atenuar o peso da carga tributária sobre o desenvolvimento da economia do campo. Nesse sentido, o investimento em tecnologia de ponta é fundamental," afirma Moura.

O diretor enfatiza a dificuldade enfrentada pelas empresas em acompanhar as frequentes mudanças nas regras tributárias, destacando dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que indicam uma média de 37 alterações por dia desde a promulgação da Constituição Federal de 1988. A empresa planeja alcançar em 2027 R$ 500 milhões em receita bruta, sendo 40% desse montante advindo do segmento agronegócio.

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