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Agronegócio deve ser mais agressivo para exportar


O agronegócio brasileiro precisa ser mais agressivo para conquistar mercados no mercado externo sem esperar o fim das negociações agrícolas na Organização Mundial de Comércio (OMC). É o que sugere o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, Ivan Wedekin, depois de sua primeira participação nas negociações agrícolas na OMC.

No meio das enormes divergências entre exportadores e importadores, o secretário recomenda que as empresas brasileiras sejam menos acomodadas, busquem ampliar os canais de distribuição, porque é isso que vai proporcionar ganhos de exportação mais rápidos.

Na Organização Mundial de Comércio (OMC), apesar da recente aprovação da reforma da Política Agrícola Comum (PAC) européia, ainda há muito a se negociar. Além disso, a liberalização agrícola será por etapas, durante anos.

Grande potencial

Ao seu ver, o Brasil tem "um céu de brigadeiro" para ampliar as exportações de produtos agropecuários, como carnes, frutas, milho, soja e flores.

Ele estima que mesmo com relação ao milho, produto que o Pais normalmente importa, há potencial para os brasileiros abocanharem até 10% das exportações mundiais do produto, que chegam a 70 milhões de toneladas por ano. Isto significa que o Brasil, pelos seus cálculos, poderia obter renda de US$ 700 milhões.

Estratégia agressiva

As barreiras tarifárias e não-tarifárias que se propagam no comércio mundial, sobretudo quando se trata de produtos agrícolas, prejudicam os países produtores agrícolas, como é o caso do Brasil. Mas Ivan Wedekin dá dois exemplos: o primeiro é o sucesso da estratégia agressiva da indústria de suínos, que em quatro anos conseguiu a proeza de vender para o exterior 500 mil toneladas anuais.

O outro é o caso do trigo argentino. Quando o País produzia 11 milhões de toneladas e exportava 7 milhões de toneladas, tinha vinte países clientes. Quando o excesso do trigo passou de 11 milhões de toneladas, os argentinos foram em busca de mais mercados e passaram a exportar para cem países.

Segundo Ivan Wedekin, o governo brasileiro vai estimular pequenas e médias empresas a exportar, inclusive pela formação de consórcio exportador.

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