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Agronegócio goiano é discutido entre especialistas

Promover uma agenda positiva para o agronegócio goiano e buscar implementar ações para o desenvolvimento das atividades no Estado, são os principais objetivos do encontro


Promover uma agenda positiva para o agronegócio goiano e buscar implementar ações para o desenvolvimento das atividades no Estado. Estes foram os principais objetivos do encontro promovido pela Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seagro) realizado nesta terça-feira (04-09), que contou com as presenças de produtores, pesquisadores, jornalistas, empresários, engenheiros e representantes da cadeia produtiva do agronegócio em Goiás. A condução dos trabalhos foi feita pelo secretário de Agricultura, Leonardo Veloso.

Durante a reunião, vários pontos foram levantados, entre eles, a formação e manutenção de pesquisadores no Estado, maior representatividade da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento junto ao segmento, como representante do setor no Estado, e problemas específicos de áreas produtivas em Goiás.

Zoneamento:

Uma das preocupações levantadas durante o encontro está no fato de que Goiás ainda não tem uma lei de zoneamento agrícola. Para o presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de Goiás, (CREA), Francisco Antônio Silva de Almeida, muito tem se falado sobre o zoneamento agroecológico do Estado, mas “o problema vem sendo discutido nas esferas da Agência Ambiental e da Secretaria de Cidades. Acreditamos que o trabalho tem que ser conduzido pela Secretaria Estadual de Agricultura. Muito nos preocupa o posicionamento que vem sendo dado ao assunto”, explica.

Preocupação que se estendeu quando o assunto diz respeito a projetos de irrigação e biocombustíveis. Pesquisadores e produtores defenderam o acompanhamento direto a esses assuntos a fim de garantir estabilidade ao desenvolvimento das ações.

Pesquisa:

Goiás foi destaque na área de pesquisa à época da criação da Empresa Goiana de Pesquisa Agropecuária (Engopa). Extinta há mais de dez anos, os trabalhos antes desenvolvidos passaram a fazer parte de um núcleo na Agenciarural. A preocupação dos pesquisadores, que participaram do encontro, está no fato de que hoje não há incentivos para pesquisa. “ Nossos pesquisadores se formam, fazem Mestrado, Doutorado e depois são absorvidos por grandes companhias. A falta de salário digno, que compense o trabalho em Goiás é um dos fatores que provoca a perda desses talentos”, afirma Pedro Manoel Figueira Monteiro, pesquisador da Agenciarural.

Fortalecimento:

“É necessário que a Secretaria de Agricultura assuma o papel que lhe é de fato: a representante máxima do agronegócio goiano. Somente assim, teremos como organizar o setor. Não podemos esperar que aconteça algo grave para tentar salvar o setor. O momento é agora”, ressalta o presidente do CREA/GO, Francisco Antônio de Almeida.

Concorrência:

O Estado de Goiás é hoje um dos maiores produtores de alho, mas mesmo nessa condição, só produz 40% do que consome. Para cada hectare de área plantada de alho, existem 10 pessoas que participam da produção. Esse mercado está sendo ameaçado pelo câmbio, as taxas de dumpping, que favorecem atualmente o maior concorrente direto do Brasil, a China. O país é responsável pela maior produção de alho do mundo, com mais de um milhão de hectares de área plantada e uma política de manutenção do homem no campo.

Os dados são do produtor e um dos maiores defensores da produção de alho de Goiás, Verni Wehrmann, que pediu ao secretário Leonardo Veloso auxílio para esta cadeia produtiva, no sentido de negociar a queda nas taxas de exportação.

Leonardo Veloso se comprometeu a repassar o pedido à bancada ruralista no Congresso Nacional em busca de interferência rápida para o problema.

Comissão:

Encerrando a reunião, o secretário Leonardo Veloso avaliou como positiva a discussão, acolheu as sugestões, entre elas, a realização de um workshop para discutir o agronegócio goiano, a ser realizado ainda nesse semestre. E ainda, a formação de uma comissão específica para construir o núcleo didático dos trabalhos a serem implementados. Os integrantes da Comissão foram escolhidos: o assessor de Comunicação Social da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), Wandell Seixas, o pesquisador da Embrapa, Joaquim Gomide, e o consultor e membro do Senar/GO, Athur Eduardo Toledo. As informações são da assessoria de imprensa da Seagro.

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