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Agropecuária deve definir PIB deste ano

A estimativa de alta de 4,5% para o PIB pode ser revista para cima caso o setor melhore o desempenho do primeiro semestre


Valor Online - A estimativa de crescimento de 4,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) pode ser revista para cima caso a agropecuária melhore o desempenho apresentado no primeiro semestre. O comportamento do setor - que cresceu apenas 0,2% no segundo trimestre deste ano, na comparação com igual período do ano passado - surpreendeu os técnicos do instituto, que revisaram para 3% a perspectiva de avanço da agropecuária para 2007, taxa 1,5 ponto percentual abaixo dos 4,5% previstos no boletim de conjuntura divulgado em junho.

"O crescimento (do PIB) pode ser um pouco maior que 4,5% este ano. A pergunta é o que vai acontecer com a agropecuária. Esperamos um bom desempenho do setor, mas não é a primeira vez que acontece uma surpresa no setor", explica Fabio Giambiagi, coordenador do grupo de acompanhamento conjuntural do Ipea. "Optamos por trabalhar com expansão moderada, mas se o crescimento no segundo semestre for parecido com o obtido pelo setor no ano passado, pode ter impacto forte no PIB." O especialista afirmou que cada 2 pontos percentuais de alta no PIB do setor agropecuário significam um impacto de 0,1 ponto percentual no PIB total do país.

De acordo com o economista, as projeções para o PIB feitas pelo Ipea indicam que a formação bruta de capital fixo (um dos indicadores de investimento) deve alcançar, ao fim do ano que vem, a média de crescimento de 8% ao ano entre 2004 e 2008. Para este ano, o instituto estima que a formação bruta de capital fixo vai crescer 8,8% no terceiro trimestre, em comparação com igual período de 2006, fechando o ano com avanço de 10%. Para 2008, espera-se crescimento de 9,6% na taxa.

No mesmo sentido, a taxa de investimentos deve fechar este ano em 17,6% do PIB, enquanto em 2008 a expectativa do Ipea é de que atinja 18,1%. "Esse crescimento do investimento não é espasmódico, é um dado robusto", frisa Giambiagi.

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