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Alagoas registra 1º caso da gripe H1N1

Alagoas registra 1º caso da gripe H1N1


Estado ainda não confirmou nome do paciente

Gazetaweb - Janaina Ribeiro com informações da Sesau e do Ministério da Saúde
O mais recente boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde confirmou o 1º caso da gripe H1N1 em Alagoas. O estado ainda não confirmou o nome do paciente, mas anunciou uma coletiva para às 10h30 desta segunda-feira. Nesta última semana, foram confirmados 35 novos casos de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1): 15 em São Paulo, quatro em Minas Gerais, quatro no Rio de Janeiro, quatro no Rio Grande do Sul, três em Santa Catarina, um no Distrito Federal, um no Espírito Santo, um no Mato Grosso, um no Paraná e um aqui em Alagoas. Todos os pacientes passam bem.

De acordo com o Governo Federal, Alagoas ainda tem três casos suspeitos, cujas amostras de sangue e saliva estão no laboratório da Friocruz, no Rio de Janeiro, para teste. Dos seis exames enviados e com resultados prontos até o momento para avaliação, cinco foram descartados e os pacientes não estão infectados pelo vírus H1N1. No total, o estado teve nove casos suspeitos.

Vítima é homem e está sendo monitorada

A Secretaria de Estado da Saúde informou que o caso confirmado é o do 6º paciente que deu entrada no Hospital Escola Hélvio Auto com suspeita da gripe A.

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs / Sesau) garante que o estado clínico do paciente é bom e que o período de transmissibilidade (um dia antes até sete dias após o inicio dos sintomas) do vírus H1N1 foi encerrado no domingo. Todas as pessoas que tiveram contato com a vítima estão sendo monitoradas.

O paciente, do sexo masculino, residente em Maceió, adoeceu depois de uma viagem à Argentina. Ele retornou ao Estado no último dia 15, tendo começado a apresentar os sintomas da doença desde o dia 14. Ao retornar a sua cidade, ele procurou o hospital Santa Juliana, onde a equipe médica entrou em contato com o Cievs para providenciar o encaminhamento ao Hélvio Auto.

Mais um caso sob suspeita

No último sábado (20), a Secretaria Estadual de Saúde informou que foi registrado mais um caso suspeito de gripe A (H1N1) em Alagoas. A vítima do sexo feminino reside em Maceió e estava no mesmo vôo vindo da Argentina em que foi registrado o último caso suspeito da doença.

Na sexta-feira passada (19), ela apresentou os sintomas de febre, tosse seca, dores musculares e nos olhos, cansaço e congestão nasal e foi internada no Hospital Escola Hélvio Auto, onde foi realizada a coleta do exame pelo Lacen (Laboratório Central), que foi enviada para a Fiocruz.

Paciente já começou tratamento
 
De acordo com o CIEVS (Centro de Informações de Estratégias em Vigilância de Saúde), a paciente já iniciou o tratamento terapêutico preconizado pelo Protocolo de Procedimentos para o Manejo de Casos e Contatos de Influenza A (H1N1) do Ministério da Saúde.

Segundo o CIEVS, a paciente continua hospitalizada por ter asma, o que poderá trazer complicações respiratórias. Caso o resultado do exame foi negativo, ela deverá receber alta na próxima semana.
 
No Brasil, já são 215 casos confirmados

Com os 35 novos casos confirmados esta semana, o total acumulado de pessoas infectadas com o vírus H1N1 no País chega a 215. Em todos os casos, estão sendo realizados busca ativa e monitoramento de todas as pessoas que estabeleceram contato próximo com esses pacientes.

O Ministério da Saúde informou que acompanha, ainda, 221 casos suspeitos no Brasil. As amostras com secreções respiratórias dos pacientes estão em análise laboratorial.

Além disso, 560 casos foram descartados até o momento. Devido ao volume de novos casos confirmados, as informações sobre o tipo de transmissão – se foi autóctone (ocorrida dentro do território nacional) ou se são casos importados – passarão a ser divulgada a partir desta segunda-feira.

Até o boletim da última sexta-feira o País tinha registrado 23 casos autóctones, todos com vínculo epidemiológico com pacientes procedentes do exterior. Desse modo, o Ministério da Saúde considera que, até o momento, a transmissão no Brasil é limitada, sem evidências de sustentabilidade da transmissão do vírus da Influenza A (H1N1) de pessoa a pessoa.

95 países estão infectados


A Organização Mundial da Saúde divulgou que 95 países têm casos confirmados e divulgados da doença.

Desse total, 35 têm casos autóctones: Europa (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Estônia, França, Alemanha, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido); Américas (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, México, Panamá, Peru e Uruguai); Ásia (Japão); África (Egito) e Oceania (Austrália).

Segundo a OMS, México, EUA, Canadá e Austrália são considerados os países com transmissão sustentada.

Confirma as principais perguntas e respostas sobre a gripe A

1. O que é a influenza A (H1N1)?

É uma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A (H1N1). Este novo subtipo do vírus da influenza, assim como a gripe comum, é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio de tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.


2. Quais os sintomas que definem um caso suspeito de influenza A (H1N1)?

Febre alta de maneira repentina (maior que 38ºC) e tosse podendo estar acompanhadas de algum dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória; e ter apresentado esses sintomas até 10 dias após sair de países que reportaram casos pela influenza A (H1N1); ou ter tido contato próximo nos últimos 10 dias com pessoa classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de influenza.


3. Em quanto tempo, a partir da transmissão, os sintomas aparecem?

Os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias após contato com esse novo subtipo do vírus e a transmissão ocorre, principalmente, em locais fechados.


4. Há uma vacina que possa proteger a população humana contra essa doença?

Não. Não existe vacina contra esse novo subtipo de vírus da influenza. Há pesquisas em andamento, mas não há previsão para o desenvolvimento desta vacina.


5. A vacina contra gripe comum protege contra a influenza A (H1N1)?

Não há, até o momento, nenhuma evidência de que a vacina contra gripe comum proteja contra gripe do vírus A (H1N1).


6. Há tratamento para Influenza A (H1N1) no Brasil?

Sim. Há um medicamento antiviral (fosfato de oseltamivir) indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e disponível na rede pública de saúde que será usado apenas por recomendação médica, a partir de um protocolo definido pelo Ministério da Saúde. O remédio só faz efeito se for tomado até 48 horas a partir do início dos sintomas. ALERTA: Ninguém deve tomar o medicamento sem indicação médica. A automedicação pode mascarar sintomas, retardar o diagnóstico e até causar resistência ao vírus.


7. O Brasil tem estoque de medicamento para tratamento de pacientes?

Sim. O Ministério da Saúde conta com estoque estratégico suficiente para tratamento de casos de influenza A (H1N1). Para uso imediato, há 6.250 tratamentos adultos e 6.250 pediátricos, que estão sendo enviados aos estados de acordo com a necessidade. Além disso, o governo brasileiro possui, acondicionada em tonéis, matéria-prima para 9 milhões de tratamentos. O medicamento bruto está pronto para ser transformado em cápsulas. O inicio do processamento será indicado pelo Ministério da Saúde, conforme a necessidade.


8. É seguro comer carne de porco e produtos derivados?

Sim. Embora o nome popular da doença remeta a suínos, não há evidências de que esse novo subtipo de vírus tenha acometido porcos. Portanto, não há risco no contato e consumo de produtos de origem suína.


9. O que é uma pandemia?

Uma pandemia ocorre quando surge um novo vírus contra o qual a população não está imunizada – não há vacina pronta, nem o corpo das pessoas conhece o vírus. Assim, muitos são atingidos, resultando em uma epidemia que se espalha em diversos países. Fatores como o incremento do fluxo de pessoas entre países, a urbanização e o crescimento populacional contribuem para acelerar esse processo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divide seus países membros em seis regiões: África, Américas, Sudeste Asiático, Europa, Mediterrâneo Oriental e Pacífico Ocidental. Além disso, possui fases de alerta para pandemia, em uma escala de 1 a 6.

O alerta 5 da OMS, fase em que nos encontramos no momento, é quando o há transmissão sustentada do vírus, de homem para homem, em pelo menos dois países de uma dessas regiões.

O organismo internacional eleva o nível de alerta para a fase 6 quando há uma transmissão sustentada do vírus, de homem para homem, em pelo menos duas dessas regiões.


10. Como o Brasil está se preparando para uma pandemia de Influenza A (H1N1)?

O Brasil está bem preparado para uma possível pandemia. Isso porque o governo brasileiro já havia começado a estruturar sua rede de vigilância para influenza há nove anos (em 2000). Por causa de uma então possível pandemia de gripe aviária, em 2003, o governo brasileiro constituiu um comitê técnico para a elaboração do plano de preparação brasileiro para o enfrentamento de uma pandemia de influenza. Esse plano está pronto há mais de dois anos e começou a ser colocado em prática no momento em que o Brasil foi notificado pela OMS dos casos de Influenza A (H1N1), em 25 de abril passado. O Brasil conta com 54 centros de referência, em todo o Brasil, preparados para tratar possíveis doentes. Estas unidades se enquadram em parâmetros exigidos pela OMS para o atendimento à essa doença, com área livre para isolamento de contato, equipamentos de proteção individuais para acompanhamento, exames e tratamento dos casos.


11. Houve alguma medida com relação aos voos internacionais?

Sim. Dentro da aeronave em vôo: as tripulações das aeronaves estão orientadas a informar os passageiros, ainda durante o vôo, sobre sinais e sintomas da influenza A (H1N1). Adicionalmente, a tripulação solicitará que passageiros com esses sintomas se identifiquem à tripulação. Esses passageiros identificados serão encaminhados para os postos da Anvisa ainda no aeroporto.

Ao desembarcar, todos os viajantes procedentes de países afetados, recebem folder/panfleto com informações, em português, inglês e espanhol, sobre os sinais e sintomas, medidas de proteção, higiene e orientações para procurar assistência médica. Complementarmente, a Infraero veicula, nesses aeroportos, informe sonoro.

Todos os passageiros vindos de outros países tem suas Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA), retidas pela ANVISA. A DBA atua como fonte de informações para eventual busca de contatos se for detectado caso suspeito na mesma aeronave.

O passageiro procedente de país afetado que sentir os sintomas em casa após 10 dias de retorno da viagem deve procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima e informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.

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