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Além dos orgânicos, cana-de-açúcar lidera vendas em MT

A produção média de 6 toneladas/mês (ou 72 toneladas/ano) lidera a lista dos produtos mais vendidos pela cooperativa (29,3%)



Na região de Alta Floresta, a agricultura familiar responde por cerca de 50% da atividade agrícola. Um dos cultivos mais expressivos é o da cana-de-açúcar, cujo núcleo da Cooperagrepa reúne sete famílias de agricultores na comunidade Estrela do Sul, a 22 km da sede do município. A produção média de 6 toneladas/mês (ou 72 toneladas/ano) lidera a lista dos produtos mais vendidos pela cooperativa (29,3%), sendo comercializado tanto em Mato Grosso como em pontos de vendas nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo, além da exportação para países como Áustria e Itália. O grupo produz açúcar mascavo, melado e rapadura.

Gilmar Ângelo Fiamete explica que, em 2008, a produção será dobrada – cerca de 150 toneladas. “Vendemos rapaduras de 20 a 30 gramas para a Conab, que as distribui nas escolas. Entregamos de 150 a 170 quilos de rapadura por semana e 30 quilos de açúcar orgânico” conta. Quanto às exportações, já venderam açúcar para a Áustria, que em agosto desse ano receberão um container de 17 toneladas. Antes, porém, embarcam, pelo porto de Santos, o primeiro container, de 24 toneladas de açúcar, vendido para a Itália.

Os agricultores, que produzem também café e pupunha em sistema de consórcio, guaraná e outros produtos para subsistência foram visitados durante quatro dias por Juarez de Paula, gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae Nacional, pela diretora do Sebrae Mato Grosso, Eneida Maria de Oliveira, e pela secretária executiva da Rede de Tecnologia Social, Larissa Barros.

Durante a viagem, foi organizada uma teleconferência para apresentação do projeto Estação Digital de Conhecimento em Rede – Educação no Campo, com a participação do superintendente do Sebrae/MT, José Guilherme Barbosa Ribeiro. Ele ressaltou que a videoconferência abre novas perspectivas de comunicação com o mundo.

“Os pequenos negócios estão muito mais próximos de um novo modelo de desenvolvimento com base na sustentabilidade. Esse projeto deve ganhar uma visibilidade mundial, por ser uma iniciativa que precisa ser divulgada como algo positivo, para mudar um pouco a visão negativa de Mato Grosso”, disse aos participantes.

Em Terra Nova do Norte funcionam 15 escolas municipais, sendo seis na área rural. Das 15, nove estão informatizadas, permitindo a realização de cursos à distância. “A escola com esse novo olhar é parceira do desenvolvimento social e pode funcionar como um laboratório de uma educação agroecológica”.

Plugados na tecnologia estão dois dos filhos do produtor de frutas Ari Piccini. Odair (de 17 anos) e André (19) nem pensam em deixar a propriedade do pai, de 50 hectares em Terra Nova do Norte, onde plantam maracujá, graviola, cupuaçu, acerola, taperebá ou cajá, açaí, bacaba, manga, buriti, murici, uvaia, maromba, caju, jabuticaba, entre outras, e produzem polpa para suco.

A produção média de 600 quilos de polpa/mês é vendida nos supermercados e lanchonetes da cidade, o que representa um rendimento líquido médio para a família de R$ 2.500. O investimento na construção da agroindústria e nos equipamentos foi da ordem de R$ 80 mil. Além de frutas, criam ovelhas – 45 cabeças -, gado de leite e de corte, além de outros alimentos para subsistência.

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