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Algodão cada vez mais caro com preferência pelo trigo e soja

As cotações do algodão subiram pela terceira sessão consecutiva, devido aos rumores que os agricultores vão reduzir a área desta cultura


As cotações do algodão subiram pela terceira sessão consecutiva, devido ao intensificar de receios de que os agricultores norte-americanos cultivem uma menor área desta fibra, transferindo-a para produções actualmente mais rentáveis, como o trigo e a soja.

O contrato de futuros do algodão para entrega em Maio subiu 3,4%, para 73,3 cêntimos de dólar por libra-peso nos Estados Unidos. A 5 de Março, o preço chegou aos 92,86 cêntimos, o que constituiu o valor mais alto desde Setembro de 1995. Nessa altura, o algodão foi impulsionado pelo aumento das apostas dos investidores em matérias-primas agrícolas.

Os agricultores norte-americanos deverão reduzir em 13% as plantações de algodão este ano, para 9,39 milhões de acres, referiu na semana passada o Departamento norte-americano da Agricultura.

"Com o vigor que se está a registar nos mercados externos, era uma questão de tempo até que os fundos começassem a entrar nesta matéria-prima, com compras no mercado de futuros", comentou à Bloomberg um analista do Swiss Financial Service, Mike Stevens.

A prevista redução das colheitas de algodão nos EUA poderá levar a um declínio de pelo menos 10% na produção deste ano, referiu na sexta-feira um relatório do Deutsche Bank, citado pela Bloomberg.

Com a estimativa de uma diminuição dos inventários mundiais de algodão, num cenário de aumento das importações por parte da China, tudo indica que haverá uma forte subida dos preços desta matéria-prima em 2008, salientou o Deutsche Bank.

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