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Alta do frango prossegue, mas restringe-se a Minas Gerais

Pelo menos em Minas Gerais o mercado do frango vivo continua firme, muito firme


Pelo menos em Minas Gerais o mercado do frango vivo continua firme, muito firme. Tanto que ontem, 9, propiciou outro ajuste do produto, novamente de 10 centavos como no dia anterior, o que é fato raro na atividade, pois, em geral, as variações registradas têm sido de apenas cinco centavos.

Graças, porém, a esse comportamento, o frango vivo de Minas Gerais acumula, com apenas dois ajustes consecutivos, incremento de preço de, praticamente, 10%. Isto em relação à semana passada, ao mês passado ou, mesmo, aos últimos dias de fevereiro.

O que se quer dizer, em suma, é que isso representa um nada diante das perdas que se acumulam desde o início do ano e, sobretudo, frente à rápida e assustadora elevação dos custos de produção. Tanto que a cotação ora registrada – R$2,30/kg – permanece quase 20% aquém da alcançada um ano atrás, na mesma data.

No tocante aos custos, o último dado da Embrapa Suínos e Aves apontou que, em fevereiro, ele já estava em R$2,28/kg (valor, em Minas Gerais, para aviário com climatização positiva).Como, de lá para cá, os custos só aumentaram, os R$2,30/kg ontem alcançados continuam não cobrindo o que é investido na produção. O que, diga-se de passagem, já zerou e tornou negativo o capital de giro de muitos produtores e empresas. 

Com o novo ajuste de ontem, pela primeira vez neste ano (excetuados os dois ou três primeiros dias de 2018), o frango vivo de Minas Gerais obtém remuneração superior à de São Paulo. Mesmo assim, na média dos pouco mais de quatro meses do corrente exercício alcança valor – R$2,288/kg – 4% inferior ao dos paulistas (cerca de R$2,39/kg). Já em relação a idêntico período de 2017 a queda acumulada em Minas Gerais anda próxima de 15%.

De toda forma, no momento, o ganho é da avicultura mineira. Porque em São Paulo a cotação referencial permanece inalterada em R$2,20/kg, mas os negócios efetivos continuam sendo realizados por valor inferior.

Há, porém, sinal de luz no fim do túnel. Porque a condição básica para a reativação do mercado de aves vivas – a prévia valorização do frango abatido – começa a cristalizar-se: nos primeiros nove dias de maio (seis dias de negócios), o produto obteve ajustes que, somados e comparados ao fechamento de abril, ultrapassam os 25%. E isso já se reflete no mercado de aves vivas que, mesmo operando ainda aquém da cotação referencial, passou de fraco a calmo. Embora modesta, a primeira alta do ano do frango vivo paulista já está à vista.

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