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AmBev vai pagar mais pelo guaraná de Maués (AM)


A AmBev aproveita hoje um dia de campo com produtores para fazer o anúncio de compra da próxima safra de sementes de guaraná no município de Maués, no interior do Amazonas. Com o objetivo de estimular a melhoria da qualidade do fruto na região, a fabricante de bebidas vai pagar R$ 7 pelo quilo da semente na safra de 2003/2004, acima do preço mínimo de R$ 5 fixado pela Conab. O valor é o mais alto já pago pela AmBev aos cerca de 300 produtores da região e 11% maior do que o R$ 6,30 desembolsado em 2002.

"Com o preço mais alto, queremos incrementar a produtividade do guaraná", diz o diretor de relações corporativas da AmBev, Milton Seligman. A expectativa da companhia é comprar cerca de 150 toneladas em Maués. A empresa compra 70% da produção. Hoje, durante o dia do campo, os produtores receberão informações sobre o plantio e o combate de pragas.

Conhecida como terra do guaraná, a região de Maués tem, no entanto, baixa produtividade. São colhidos, em média, 120 quilos por hectare na região enquanto a produtividade na Bahia, outro grande produtor, alcança 500 quilos por hectare. Uma das metas da companhia é atingir a produtividade de 920 quilos por hectare até 2005.

A semente é usada na fabricação do Guaraná Antarctica, o principal refrigerante da companhia, cuja fórmula é mantida em segredo desde os anos 20. No início dos anos 70, a então Companhia Antarctica começou a comprar sementes de guaraná em Maués, a 250 quilômetros de Manaus. A empresa processa a semente cujo extrato é usado na fabricação do concentrado. A partir daí, esse xarope é distribuído para as fábricas no Brasil e em países que já vendem o guaraná no exterior, como Japão, Portugal, Espanha e Porto Rico.

Com o apoio da Embrapa e do Instituto de Desenvolvimento da Amazônia (Idam), a AmBev tem um centro experimental de pesquisas e fomento - fazenda Santa Helena - que cultiva sementes de guaraná da região amazônica. Desenvolve dois projetos: o Maués e o Zona Franca Verde. O primeiro, cujo objetivo é aumentar a produtividade, prevê a renovação e ampliação dos guaranazais e o incentivo de fontes alternativas de renda para os produtores durante a entressafra. O outro projeto prevê investimentos de R$ 61 milhões pela companhia nos próximos dez anos com o objetivo de implantar melhorias na infra-estrutura.

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