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Amendoim transgênico evita alergia

Empreendedora africana desenvolveu o produto


Hortense Dodo, uma cientista e empreendedora com sede na Carolina do Norte, tem buscado desenvolver um amendoim hipoalergênico durante mais de uma década. Esta aspiração surgiu da fascinação de toda a vida de Hortense com a ciência dos alimentos, começando um com sua criança na Costa do Marfim, onde frequentemente se perguntava como os padrões agrícolas impactavam a oferta dos cultivos nos mercados locais.

“A ciência da alimentação sempre foi meu enfoque desde o princípio”, disse Hortense. Depois de conseguir dois títulos e uma bolsa na África, ela seguiu sua paixão na Universidade da Geórgia, onde obteve um mestrado em ciências e tecnologia dos alimentos. Seguiu com um doutorado em biotecnologia alimentar e biologia molecular na Universidade Estadual da Pensilvânia e depois se converteu em professora na Universidade do Alabama.

Mudar-se aos Estados Unidos ajudou a Hortense a alcançar seus objetivos acadêmicos, mas também introduziu a um problema de saúde que seria o foco da sua carreira. A alergia é muito mais prevalente em países ricos que no mundo em desenvolvimento. Nos Estados Unidos, a urticária gera a morta de 150 a 200 pessoas por ano. “Venho de um lugar onde abundam os amendoins e são consumidos por todos. Nunca tinha escutado de gente morrendo por eles”, contou.

Quando ela soube que um de seus amigos tinha uma filha com alergia ao amendoim, se inspirou para começar a pesquisar a possibilidade de produzir o alimento mais seguro. Enquanto compartilhava as descobertas em conferências, Hortense estava mais motivada pelas inumeráveis histórias de pessoas com alergias mortais.

No seu laboratório, a pesquisadora experimentou o amendoim padrão usando a tecnologia de interferência por ARN, que é um método para desenvolver organismos geneticamente modificados ao silenciar a expressão de certas proteínas e traços. Ela destacou três proteínas que produzem as reações mais extremas nas pessoas alérgicas, conhecidas como Ara h1, Ara h2 e Arah3 e foi capaz de desenvolver um processo patenteado que eliminou o impacto dos componentes perigosos.

Ao expor o amendoim modificado ao soro sanguíneo das pessoas com alergias e ao examinar a resposta dos anticorpos, Hortense e sua equipe podem analisar as propriedades hipoalérgicas do amendoim. Os resultados foram extremamente promissores, inspirando Hortense a fundar sua própria empresa de biotecnologia a IngateyGen, para vender o amendoim hipoalérgico.

“Necessitava fazer um pouco mais que a investigação acadêmica, o que se tornou uma paixão para mim. Tivemos parte da solução deste problema e tivemos que levar ao mercado para que não mais mulheres, nem mais pais, tivessem que enfrentar essas realidade”, resumiu.

 

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