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Americanos vão colher safra de algodão maior


A produção norte-americana de algodão deverá crescer pela quarta vez em cinco anos, depois que os produtores dos Estados Unidos aumentaram a área de plantio, estimulados pela alta dos preços. A colheita dos Estados Unidos, segundo maior produtor mundial de algodão depois da China, crescerá 3,4% este ano, para 17,8 milhões de fardos, segundo a média da estimativa de oito analistas pesquisados pela Bloomberg News. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá divulgar sua primeira estimativa sobre a safra de algodão na segunda-feira, em Washington.

Os produtores do Delta do Mississippi e de outras localidades da região sudeste dos Estados Unidos aumentaram o plantio, devido às abundantes chuvas de primavera. A alta dos preços deu suporte ao aumento da área cultivada. No último ano as cotações subiram 54%, e a estimativa é de que os estoques de algodão diminuam 6,3% no período de doze meses até o dia 31 de julho de 2004. As exportações devem alcançar os maiores patamares de 76 anos.

Desempenho positivo

Segundo Rogers Varner Jr., analista da Varner Brothers em Cleveland, Mississippi (EUA), o ano será excelente para exportação. O USDA projeta o tamanho da safra com base no número estimado de acres plantados, produção histórica, e o número de acres onde, historicamente, há intenção de plantio, que não é confirmada.

Os preços futuros do algodão recuaram 14% em comparação com a alta alcançada no dia 21 de abril. O surto da Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) na China, maior país consumidor mundial de algodão, suscitou o temor de que o crescimento econômico irá desacelerar, reduzindo a demanda.

No ano passado a produção norte-americana caiu 15% em comparação com o recorde de 20,3 milhões de fardos registrado em 2001. Entre 1998 e 2002, entretanto, os produtores rurais norte-americanos aumentaram a produção a cada ano. O aumento manteve os estoques americanos acima dos 3,5 milhões de fardos, desde 1997. Em 2002 o Texas foi o maior produtor dos EUA, seguido pela Califórnia, Mississippi, Geórgia e Arkansas.

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