A produção transgênica também foi defendida pela presidente da Associação Nacional da Biossegurança (ANBio), Leila Macedo Oda, no Fórum Permanente do Agronegócio, em Porto Alegre. Para a dirigente, o Brasil possui o pior cenário possível em relação à transgenia tendo em vista que a discussão ultrapassou o campo científico. Oda criticou ainda a falta de democratização do debate e disse que o produtor pode até mover processos por suas perdas com base no Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Já o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, estava entusiasmado com as centenas de participantes que o encontro mobilizou e com a visão internacional sobre o tema que consolidou as posições que levaram a entidade a promover o debate com a sociedade.
Sperotto lamentou, porém, a ausência do ministro Roberto Rodrigues, que estava em Pelotas, na Fenadoce, com o presidente Lula. 'Acredito que esse seria o local onde ele deveria estar para trazer um posicionamento do governo, pois os governos estão ausentes desse procedimento.' Sobre a nota do Greenpeace, o dirigente disse que gostaria de conhecer a ficha dos integrantes da organização. Sperotto destacou a importância dos transgênicos no avanço da produção brasileira de grãos e sua qualidade considerando o competitivo mercado internacional, além de defender dois anos de carência para a substituição das sementes que hoje está nas mãos dos produtores. 'Nem Jesus Cristo segura os transgênicos no RS', afirmou. O evento encerra-se hoje.