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Apenas 23% do tabaco da região já foi colhido

Trabalho deve ser concluído até a primeira semana de janeiro


Após um inverno rigoroso e que resultou no atraso da colheita do tabaco, o fim do ano se aproxima e intensifica os trabalhos na lavoura. De acordo com o gerente técnico da Afubra, Paulo Vicente Ogliari, em entrevista à Rádio Gazeta na manhã desta quarta-feira, 28, em média 23% do produto já foi colhido. "Na comparação com o ano passado, neste período, está um pouco atrasado, mas 2018 teve um inverno forte e um período de muitas chuvas que atrasou o desenvolvimento das plantas. No ano passado não fez inverno", explica.

Outro fator prejudicial às lavouras foram as quedas de granizo ocorridas em Santa Cruz do Sul e nos municípios vizinhos. "Foi um prejuízo grande para muitos produtores, mas existe uma previsão que todos os anos acontece. Na região o número de lavouras atingidas está maior do que no ano passado. Aqui foram 3,4 mil, e nos três estados cerca de 10 mil produtores. Enquanto no ano passado o Vale do Rio Pardo teve 3.129 e a Região Sul um total de 16 mil produtores com prejuízos causados pelo granizo." No entanto, as ocorrências são consideradas pela associação como dentro da normalidade e não devem extrapolar as projeções e o orçamento para os casos de danos. 

Segundo Ogliari, algumas regiões já estão finalizando a colheita, enquanto outros locais do Estado ainda não terminaram o plantio. Isso se deve ao clima diverso em cada parte do Rio Grande do Sul, onde alguns produtores já pensam na comercialização enquanto outros ainda estão trabalhando no plantio das mudas. "Os climas mudam muito e causam essa diferença de plantio e colheita." Esta diferença é visível até mesmo entre Santa Cruz e os municípios do Centro-Serra, que estão ainda bem atrasados na colheita. Já para Venâncio Aires e Candelária, o percentual não muda muito mais do que 1%. 

Alguns fumicultores terminam a colheita mais cedo para trabalhar nas empresas como safreiros e ter um ganho a mais, explica o gerente da Afubra. A tendência de conclusão da colheita é entre o fim de dezembro e a primeira semana de janeiro. Apenas após a conclusão e avaliação do produto será definido o valor para a comercialização, dependendo da qualidade das plantas.

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