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Apenas três fornecedores de frango têm acesso livre ao mercado russo

Maior parcela desse adicional deverá ser atendida pelo Brasil


Em uma análise preliminar, o AviSite observou que um eventual embargo do governo russo à carne de frango norte-americana iria gerar, no mercado internacional, espaço para a colocação adicional de cerca de 20 mil toneladas mensais do produto. Mas agora, conhecendo-se os países embargados, chega-se a um volume 50% maior. E à conclusão de que apenas três dos 11 principais países que atenderam a Rússia em 2013 permanecem com acesso livre àquele mercado.

Sabia-se, de antemão, que o contra-ataque do governo russo atingiria, principalmente, EUA e União Europeia. Mas não se imaginava a amplitude das medidas adotadas. O fato é que, em relação à carne de frango, ficam alijados de imediato sete países – além dos EUA, seis europeus. Ou oito, se considerado que, a despeito de não existir qualquer manifestação a respeito, a Rússia deixa de importar o produto fornecido pela Ucrânia. E juntos, esses oito países responderam, em 2013, por quase 67% da carne de frango importada pela Rússia no último exercício.

E quem permanece com o sinal verde? Tomando como base relatório publicado pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) no início deste ano, apenas três países: Belarus, Brasil e Argentina. 

Belarus – a antiga Bielorrússia – é parceiro comercial da Rússia, com quem compõe, juntamente com o Cazaquistão, uma união aduaneira também conhecida como Comunidade Econômica Eurasiana (EEC, na sigla em inglês). Daí o fato de ter-se tornado o segundo maior fornecedor de carne de frango para o mercado russo (atrás apenas dos EUA), com um suprimento correspondente a quase um quinto das importações da Rússia em 2013.

Brasil e Argentina ficaram com pouco mais da metade disso no ano passado, a maior parcela cabendo à avicultura brasileira (9% do total, enquanto a Argentina ficou com 1,5%). Agora, naturalmente, disputarão (juntamente com Belarus) a parcela inesperadamente surgida e que – consideradas as importações de 2013 – correspondem a um volume médio próximo de 30 mil toneladas.

Consideradas as condições de produção dos três países, está claro que, mesmo havendo aumento de participação de Belarus e Argentina, a maior parcela desse adicional deverá ser atendida pelo Brasil, único em condições de atender a nova demanda. 

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