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Apesar de baixa, recomendação segue de venda da soja

Alguns fatores podem pesar no mercado da soja no horizonte, pressionando preços


“Mantemos nossa recomendação de venda de lotes da safra atual e da próxima safra nos níveis que estão sendo oferecidos neste momento, ao redor de R$ 80,00 para ambas e que contém um lucro aproximado de 43%, porque não conseguimos ver no horizonte nenhum fator de alta significativa, mas, ao contrário, há mais elementos baixistas que altistas a médio e longo prazo”. 

A afirmação é do analista da T&F Consultoria Agroeconômica Luiz Fernando Pacheco. De acordo com o especialista, “quem não acreditar nisto e precisar vender para fazer caixa agora, poderá recorrer ao mercado futuro e manter posições compradas, para aproveitar eventuais altas. 

Ele aponta alguns fatores que podem pesar no mercado da soja no horizonte, projetando o quadro de oferta e demanda na temporada 2017/18 e suas repercussões sobre os preços. Como principal fator negativo, o Brasil vai aumentar a sua produção na próxima safra, mas a soma de toda a oferta mundial poderá pressionar os preços a longo prazo, então é melhor aproveitar as boas oportunidades oferecidas agora.

Segundo, certamente a Argentina vai voltar a produzir uma safra normal a partir deste ano, ao redor de 60 milhões de toneladas, porque é muito difícil o clima ser inclemente da forma que foi, por duas safras seguidas. Além disso, embora o USDA tenha reduzido a sua estimativa de produção de soja dos EUA para esta safra, o clima está favorecendo o seu plantio e este número poderá ser revertido para mais até o encerramento dos trabalhos.

“As próprias cotações da Bolsa de Chicago atuais para os próximos 24 meses (até maio de 2020) registram a seguinte curva: maio 18 fechou nesta sexta a $ 994,75 e as cotações sobem até $ 1019,0 para janeiro de 2019, quando voltam a cair até $ 1009,5 em maio 19, 984,25 em novembro de 2019 e $ 983,75 em maio de 2019, seguindo os possíveis aumentos da oferta mundial (ou falta dela) neste período. Percebe-se claramente uma curva convexa neste período, que deve ser aproveitada agora”, conclui Pahceco.
 
Como fatores positivos o analista da T&F cita a demanda chinesa inesgotável, a disputa comercial entre EUA e China e o Dólar elevado no Brasil, por duas razões: incertezas das eleições e as truculências internacionais de Trump.

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