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Apicultores transformam a atividade em negócio rentável

Cooperativados de Caçapava do Sul colherão mel nas florestas da Fibria, na região de Bagé


Cooperativados de Caçapava do Sul colherão mel nas florestas da Fibria, na região de Bagé

A profissionalização técnica está trazendo aos apicultores de Caçapava do Sul e cidades vizinhas muitos ganhos em produtividade e renda. A quantidade de mel colhida praticamente dobrou e o número de produtores que integram a Cooperativa dos Apicultores de Caçapava do Sul (Cooapi) passou de sete para 36 em cinco anos. Mais da metade deles têm na atividade a principal fonte de renda, obtendo lucros médios mensais de R$ 1,8 mil. "Há muito mercado e o preço está em alta. Com o avanço que teremos daqui para frente, vai dar para ganhar salário de doutor", anima-se Júlio Mendes, um dos associados. Eles comercializam a produção ob a marca Ouro do Pampa, há dois anos.

Para a safra 2010/2011, a meta é colher 150 toneladas de mel, 100% a mais do que no ciclo anterior. Isso porque, além de torcer para que chova menos, parte dos produtores formalizou contratos com a Fibria e está migrando, temporariamente, colmeias para florestas de eucalipto da empresa, localizadas na região de Bagé. "Além das matas nativas, aproveitamos uma terceira opção de florada, entre março e maio, produzindo mais", explica o presidente da Cooapi, Rodrigo Machado Silveira.

A Cooperativa conta com a orientação técnica da Fundação Centro de Agronegócios (Cenag), responsável pelo projeto de estruturação da cadeia apícola na região, e conta com apoio técnico e financeiro da Fibria. A iniciativa busca potencializar o segmento por meio da disseminação de conhecimento em novas técnicas de produção, sanidade e nutrição animal.

Com esses incrementos, a meta é duplicar a quantidade atual de cinco mil colmeias até 2013. "As vendas estão excelentes e temos boas possibilidades de negociar com outros compradores, mas é preciso ampliar nossa infraestrutura para assegurá-los", explica Silveira. Há um projeto, em fase de aprovação junto ao BNDES, que financiará a compra de uma nova máquina de processamento e a ampliação do entreposto – localizado na BR 290. Com o equipamento, a capacidade de beneficiamento de mel passará de 1,4 mil quilos para dez toneladas ao dia e a eficiência do processo será 15% maior.

Apoios técnico e financeiro firmaram a cooperativa

O mel Ouro do Pampa tem certificação de rastreabilidade e selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), fornecido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). "A maior parte da produção é vendida a granel, em tonéis de 200 quilos, e encaminhada à exportação", completa o presidente da Cooapi.

Ele destaca, ainda, o apoio do Banco do Brasil na trajetória. “Foi com fomento do programa Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS) que a criação da Cooapi se concretizou”, conta. Por meio do DRS, o grupo adquiriu o entreposto que dá suporte aos associados. "Antes, cada um vendia o seu mel individualmente. Hoje, seguimos padrões de qualidade e todos reúnem suas colheitas. Isso nos permite fixar contratos com bons clientes, já que podemos atender às demandas", afirma.

A integração dos apicultores começou em 2002, com o impulso do Sebrae/RS e da Agência de Desenvolvimento Portal do Pampa, órgão vinculado à prefeitura. Os conhecimentos técnicos e planos de organização que viabilizassem o negócio coletivo são provenientes do apoio de gestão destas entidades.

“Outros marcos nessa história de avanços foram a mudança de cultura e as inovações produtivas, como a renovação regular dos enxames, implantadas com o suporte da Cenag”, ressalta Silveira. A meta dos apicultores para os próximos anos também é aumentar a capacidade de envasamento do produto em embalagens fracionadas. "É uma forma de agregar valor à marca e ingressar no mercados interno, na nossa região”, aposta o presidente da Cooapi.

As informações são da assessoria de imprensa da Fibria.

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