Aquecimento global é uma farsa, diz vencedor do Nobel

O físico John F. Clauser, vencedor do Prêmio Nobel de Física em 2022, gerou polêmica ao negar a existência da crise climática durante uma conferência da Deposit of Faith Coalition. Ele argumentou que as mudanças climáticas são uma farsa orquestrada por uma "cabala global", incluindo organizações como as Nações Unidas e o Fórum Econômico Mundial.

Clauser desafiou o consenso científico sobre o aquecimento global, propondo que a temperatura da Terra é influenciada principalmente pela cobertura das nuvens, não pelas emissões de dióxido de carbono. Ele afirmou que as nuvens têm um efeito líquido de resfriamento, questionando a crise climática.

Ele defendeu sua abordagem, enfatizando o papel do ceticismo no processo científico e mencionando a evolução das opiniões ao longo do tempo. O evento, organizado pela Deposit of Faith Coalition, buscou expor supostas agendas anti-religiosas e anti-família relacionadas às mudanças climáticas, com Clauser, um ateu, como palestrante principal.

Especialistas reagiram vigorosamente às afirmações de Clauser, com Michael Mann chamando seus argumentos de “puro lixo” e “pseudociência”. Andrew Dessler destacou que, na realidade, as nuvens amplificam o efeito estufa, contribuindo para o aquecimento global. Anton Zeilinger, físico austríaco que dividiu o Prêmio Nobel com Clauser no ano anterior, expressou respeito pelo rigor científico de Clauser, embora tenha enfatizado que não é especialista em ciência climática.

Em 1972, Clauser introduziu experimentos inovadores sobre emaranhamento quântico, revelando um específico descrito por Albert Einstein como "ação assustadora à distância". Esses experimentos confirmaram a conexão entre partículas, mesmo separadas por grandes distâncias, e traçaram o caminho para tecnologias como os computadores quânticos, capazes de resolver problemas complexos além das capacidades dos computadores clássicos.