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Área de trigo aumenta e país deve colher 6,5 milhões de toneladas


Existe uma perspectiva de que o Brasil pode colher 6,5 milhões de toneladas de trigo na próxima safra. A área plantada e a produção de trigo podem aumentar 10% em comparação a 2003. Neste ano, o país plantou 2,4 milhões de hectares e colhendo 5,8 milhões toneladas. Já em 2002 foram colhidas 2,9 milhões toneladas.

A perspectiva de aumento da produção foi divulgada recentemente pelo presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno, Rui Polidoro Pinto. "Há uma tendência de crescimento da área do trigo como forma de compensar as perdas com a soja", disse. A estiagem deve reduzir a segunda safra de milho, o que também estimula o plantio de trigo.

O setor reivindica a liberação antecipada de recursos de custeio.A estimativa é de que são necessários R$ 600 milhões para cobrir os gastos com as lavouras em todo o país.

A medida é importante para influenciar a decisão de plantio dos produtores do Paraná e do Rio Grande do Sul, principais produtores brasileiros. Em ambos estados, a demanda para o custeio da safra chega a R$ 250 milhões. No Centro-Oeste e no oeste da Bahia, onde o trigo irrigado tem se expandido, serão necessários cerca de R$ 100 milhões.

Medidas de apoio

O setor tem reivindicado a alteração das normas de classificação do trigo, que estariam desatualizadas em relação à realidade de triticultura brasileira. Na safra de 2003, o Ministério da Agricultura tomou várias medidas para auxiliar os triticultores, entre elas a inclusão do trigo irrigado e de sequeiro do Mato Grosso no zoneamento agrícola. Estima-se um potencial imediato de 12 mil hectares para a cultura no estado.

Além disso, para sustentar preços e sinalizar o mercado, vendeu contratos de opção de trigo para 270 mil toneladas no Paraná e 233,3 mil toneladas no Rio Grande do Sul a R$ 440 por tonelada. Em outubro, o ministro Roberto Rodrigues anunciou medidas de apoio à comercialização.

Produtores de trigo, moinhos,cooperativas e indústrias passaram a contratar financiamento da Linha Especial de Crédito de Comercialização (LEC), uma espécie EGF, com prazo de pagamento de 180 dias e juros de 8,75%. O governo também destinou R$ 200 milhões para as operações de EGFs e Cédulas do Produto Rural (CPRs). Anunciou ainda R$ 50 milhões para o pré-custeio do trigo, com juros de 8,75% ao ano, para financiar a compra de sementes e fertilizantes pelos produtores de Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

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