Argentina em alerta contra invasão de gafanhotos

Insetos detectados no norte da Argentina desencadearam um alerta fitossanitário emitido pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), conforme informado na nota oficial do Sindag. A preocupação principal é evitar a formação de nuvens migratórias de gafanhotos, similares às que causaram alarde em 2020, chegando a ameaçar a aviação agrícola no Brasil.

Segundo a Resolução 204/2024 do Senasa, o aumento precoce da praga nas províncias de Formosa, Salta e Santiago Del Estero desencadeou a ação preventiva. O Serviço Nacional de Saúde Agrícola e Segurança Alimentar da Bolívia (Senasag) e o Serviço Nacional de Qualidade de Sementes e Fitossanidade do Paraguai (Senave) também confirmaram a detecção e estão aplicando tratamentos fitossanitários em seus territórios.

A medida, enfatizada pelo coordenador geral de Contingências e Emergências do Senasa, Héctor Medina, é crucial para proteger a agricultura do noroeste e nordeste argentino, que representa uma produção agrícola de 1,7 bilhões de dólares, conforme destacado na resolução do Senasa mencionada na nota oficial do Sindag.

O coordenador reitera que embora ainda não existam nuvens migratórias, as condições propícias para sua formação estão presentes, exigindo ação rápida e eficaz para conter a praga. O episódio de 2020, quando nuvens de gafanhotos se aproximaram do sul do Brasil, ilustra a urgência dessas medidas.

Com o histórico de ataques e o potencial de danos à agricultura, é essencial uma cooperação efetiva entre Argentina, Paraguai e Bolívia, destacada na nota oficial do Sindag, para monitorar e controlar a movimentação dos insetos. Diante das condições climáticas favoráveis e da possibilidade do retorno do La Niña, a atenção sobre a praga se intensifica, reforçando a importância dos programas governamentais de controle de gafanhotos, estabelecidos desde 1892 na Argentina.