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Argentina proíbe exportar milho até março

Analistas especulam possível aumento do imposto de exportação, as malfadadas "retenciones"


Foto: Leonardo Gottems

O Ministério da Agricultura da Argentina anunciou nesta quarta-feira (30/12) a “suspensão temporária” das exportações de milho da safra 2019/2020 até o próximo dia “1º de março de 2021”. Nesse período é quando a safra nova começa a ser colhida no país e a temporada 2020/2021 deste grão começa oficialmente, observa a Consultoria TF Agroeconômica. 

A desculpa do governo Alberto Fernandez é que essas medidas estão sendo tomadas para “garantir o fornecimento doméstico” do grão durante os meses de janeiro e fevereiro, quando a oferta é sazonalmente escassa. “Alguns analistas, no entanto, estão se perguntando se este é um passo antes de um possível aumento do imposto de exportação”, questionam os especialistas de mercado da TF.

“À luz disso, é quase difícil digerir as notícias e avaliar o potencial efeito da medida. A Argentina deverá produzir cerca de 49 milhões de toneladas na safra 2020/2021 e é o terceiro maior produtor e exportador de milho no mundo, atrás, respeZctivamente dos Estados Unidos (368,49 milhões de toneladas) e do Brasil (110 milhões de toneladas), segundo projeções de dezembro do relatório de Oferta e Demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA)”, aponta a equipe de analistas de mercado da Consultoria.

Ainda, segundo o mesmo relatório do USDA, a exportação de milho da safra 2019/20 da Argentina deveria se situar em 34 milhões de toneladas. No entanto, de acordo com o Ministério da Agricultura local, tinham sido embarcados até dezembro 36,02 milhões de toneladas, como mostram o relatório oficial. Os embarques de milho-pipoca, por outro lado, estão isentos da proibição de embarque.

Veja também: Argentinos reclamam de proibição da exportação de milho

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