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Armazém se paga antes do previsto

Armazenagem pode determinar se haverá lucro ou prejuízo


A armazenagem faz a diferença num ano de margens apertadas, ou seja, pode determinar se haverá lucro ou prejuízo. A avaliação é do produtor Adriano Manfio, de Cândido Mota, no Sudoeste de São Paulo. Ele possui dois silos de metal – cada um com capacidade para 40 mil sacas – que permanecem a maior parte do ano ocupados. “Construí em 2003 e, com certeza, eles já se pagaram. O investimento em armazenagem vem sendo recuperado bem antes do previsto”, relata. 


A infraestrutura não livra o produtor da correria no fechamento de cada safra. Enquanto torce por chuva para o milho de inverno, cuja colheita começará daqui um mês, Manfio trabalha na liberação de espaço nos silos. Ele ainda tem cereal de um ano atrás depositado (5% da safra de inverno). A maior parte do armazém, neste momento, é dedicada à soja.

Se os preços do milho continuarem abaixo de R$ 20, será melhor vender a oleaginosa na casa dos R$ 50 e encher o armazém novamente de cereal, avalia Manfio. Essa movimentação teria custo dobrado se ele precisasse pagar por armazenagem. “Os produtores que contam com estruturas próprias de armazenagem ainda são minoria, mas não temos dúvida das vantagens”, arremata.


A região de Cândido Mota teve aumento no plantio de milho. Segundo os técnicos da cooperativa Coopermota, o cereal entrou na área que a cana perdeu para a soja no verão. A empresa registrou crescimento de 21 mil para 23,5 mil hectares.

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