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Aromáticos combatem insetos em jardins

“Animais e plantas vivem em um mundo de comunicação química"


Integrar plantas comuns e aromáticas pode ser vital para combater insetos prejudiciais a essas plantas, segundo informou um estudo do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) da Argentina. Nesse sentido, Francisco Pescio, especialista do INTA AMBA e autor do livro "Minha casa, meu jardim", enfatizou a importância de fazer um bom design da horta orgânica, a fim de garantir que ela seja auto-sustentável, apoiada nos princípios da agroecologia. 

Por sua vez, ele enfatizou que os "aromáticos são de grande importância em associação com vegetais nos jardins". Para Pescio, é fundamental projetá-lo com base no princípio da biodiversidade, combinando variabilidade de cores, cheiros e espécies, intercaladas com aromáticos. "Isso gera condições que ajudam a repelir e assustar os insetos nocivos", explicou ele. 

Segundo Pescio, quando os insetos chegam a um sistema agroecológico diversificado, percebem uma variedade de cheiros e cores, típicos de cada espécie de vegetais, flores e aromáticos que os confundem, os desorientam e os afastam. "Essas associações produzem um efeito combinado, o que resulta em um ambiente que dificulta a invasão de insetos", disse ele. 

“Animais e plantas vivem em um mundo de comunicação química", explicou Pescio e explicou que ambos têm a capacidade de detectar substâncias voláteis que produzem aromas nas plantas à distância. Esse fenômeno é bem conhecido pelas plantas que, se usadas, produzem substâncias que interferem no mecanismo de comportamento dos insetos, tanto para assustá-las quanto para atrair outros insetos benéficos. 

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