Arroz: umidade elevada e produção interrompida
Na região de Soledade, os níveis de produtividade estão de acordo com as projeções
O Informativo Conjuntural divulgado na última quinta-feira (02/05) pela Emater/RS-Ascar, ligada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), revela que a colheita de arroz no Rio Grande do Sul continua em ritmo menos intenso, sendo frequentemente interrompida pelas chuvas. Apesar disso, quando o sol retorna após as precipitações, os agricultores retomam imediatamente as operações. A umidade dos grãos está elevada, mas dentro da faixa tolerável, o que tem motivado os rizicultores a continuar com a colheita, diante das previsões de chuvas volumosas para os próximos períodos.
O preço do arroz vem aumentando desde a segunda quinzena de abril, apesar de ser um momento de plena safra. A área cultivada no estado está estimada em 900.203 hectares, com uma produtividade média projetada de 8.325 kg/ha, conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA).
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a colheita avança lentamente devido às chuvas frequentes, atingindo 83% em média entre as regiões Fronteira Oeste e Campanha. Em Uruguaiana e Barra do Quaraí, aproximadamente 90% da área foi colhida, mas com elevado percentual de impurezas nas cargas depositadas nos engenhos. Em São Gabriel, infestações de plantas daninhas e a alta umidade do solo estão limitando o desempenho das colhedoras. Em Alegrete, 82% da área cultivada foi colhida, com produtividades menores, mas em linha com as expectativas iniciais. Em Quaraí, 85% da área foi colhida, mas os produtores enfrentam dificuldades de avançar devido ao atolamento das máquinas causado pelas fortes chuvas.
Na região de Pelotas, as atividades de colheita foram interrompidas devido às chuvas, mas devem ser retomadas assim que as condições ideais de umidade forem restabelecidas. Em Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, as produtividades têm se mantido elevadas. Na região de Santa Maria, a colheita atingiu 78%, com uma produtividade média de 8.018 kg/ha nas lavouras colhidas. Em Cacequi e em outros municípios da região, ocorreram inundações, resultando no acamamento das plantas.
Na região de Soledade, os níveis de produtividade estão de acordo com as projeções, apesar de alguns contratempos durante a colheita. Quanto à comercialização, o preço da saca de arroz apresentou um aumento de 1,88%, passando de R$ 101,98 para R$ 103,90, segundo o levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar.