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Arroz especial pode ser alternativa de renda em SP

Instituto coloca no mercado a variedade especial para risoto


Os produtores de arroz de São Paulo vão poder agregar valor ao produto cultivado. Se o estado não ganha em escala, pode ganhar em preço. Essa é a proposta do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que na última década vem pesquisando variedades especiais de arroz. O estado produz 70,5 mil toneladas do cereal.

Agora, o instituto coloca no mercado a variedade especial para risoto - IAC 300. Até o desenvolvimento do produto, o cultivo ou consumo deste grão dependia de semente importada. O arbóreo é uma variedade de grãos curtos. A IAC 300 produz 3,5 mil quilos por hectare, metade do obtido com o agulhinha, o que é compensado pelo ciclo de 115 dias - 20 dias a menos que o tipo comum. Nas prateleiras, o arroz importado sai até a R$ 25 o quilo. A estimativa é que o nacional possa ser vendido pela metade do preço.

"É um nicho de mercado, mesmo que produza pouco, tem um valor agregado alto", explica o pesquisador do IAC, Cândido Ricardo Bastos. A expectativa dele é que o Vale do Paraíba se transforme em um pólo de produção de arroz especiais.

O produtor José Francisco Ruveni, de Pindamonhangaba (SP) cultiva 130 cultivares de arroz agulinha e outros 70 com arroz preto - também desenvolvido pelo IAC. Ruveni pretende, nos próximos anos, produzir apenas as variedades especiais. "A gastronomia do País gira em torno de São Paulo, então é muito boa a idéia de produzirmos só arroz especial", avalia o agricultor. Na próxima safra ele pensa em plantar só especiais, como o arbóreo e o arroz da culinária japonesa. No entanto, segundo Ruveni, há dificuldade na comercialização do produto. Ruveni acabou por industrializar artesanalmente seu arroz, vendendo quase que com uma propaganda "boca a boca" a grandes restaurantes do País.

A nova cultivar faz parte do programa de pesquisa de arroz especiais do instituto que já colocou no mercado o IAC 500 (aromático), o IAC 400 (para sushi) e o IAC 600 (preto). As primeiras sementes chegaram ao mercado em 2001- mas não existem estimativas de cultivo.

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