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Arroz orgânico aumenta a renda no Sul de SC

Produto tem boa aceitação no mercado externo e vale até 25% mais


Uma alternativa aos rizicultores no Sul de Santa Catarina para fugir das dificuldades em conseguir preço melhor para o produto é o cultivo do arroz orgânico. Entretanto, mais do que plantar essa variedade, a Cooperativa Regional Agropecuária Sul Catarinense (Coopersulca), de Turvo, Sul do Estado, em parceria com a Câmara Italiana de Comércio e Indústria de Santa Catarina prepara um prospecto para inserir o produto catarinense em território europeu.

Desde novembro, um agente da cooperativa está na Holanda e estuda a aceitação do produto orgânico na Europa. A possível inserção em mercados como Portugal, Holanda, Alemanha, Inglaterra e Itália animam o gestor de comércio da Coopersulca Ademar de Costa.

A produção de arroz orgânico é desenvolvida desde 1998 - inicialmente associado à rizipiscicultura - com crescimento de até 15% entre uma safra e outra. O plantio de arroz orgânico se concentra nos municípios associados à Coopersulca, ou seja, 34 agricultores animados em ampliar o número de canchas e ver a produção consumida fora do Brasil.

"Acredito que esse prospecto será positivo, já que a exportação aumentaria a produção, e a opção de produto em novos mercados nos ajudaria a fugir do baixo preço do arroz no mercado interno. Uma saca de 50 quilos de arroz comum é vendida a R$ 20, e o valor da saca do arroz orgânico é de R$ 24, com retorno de 20% de lucratividade ao produtor", explica.

Procura internacional também por outros itens

Para o engenheiro agrônomo da Epagri de Nova Veneza, no Sul do Estado, Donato Lucietti, o mercado internacional está de portas abertas, no que diz respeito à aceitação de produtos orgânicos em geral.

O alto valor biológico e a garantia de isenção de produtos químicos respaldam o cereal, que apesar da baixa produção no Sul e Extremo-Sul catarinense - apenas 156 hectares - manterá a média de colheita da safra anterior, que foi de 22 mil sacas do produto. Enquanto que nas regiões carbonífera e Sul catarinese devem colher mais de 500 mil toneladas de arroz convencional.

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