CI

Arroz rende 1 milhão de toneladas em Santa Catarina


Safra do cereal promete ser recorde e agricultores já comemoram a qualidade do produto colhido.

A safra de arroz deste ano promete aproximar Santa Catarina de uma marca histórica na produção de grãos.

Se as projeções se confirmarem, o Estado deverá colher perto de um milhão de toneladas de um dos principais componentes da alimentação dos brasileiros.

Com 50% da colheita encerrada, os produtores comemoram a qualidade e o preço estável do produto. Os analistas de mercado do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola (Icepa), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) mantiveram na última reunião de avaliação da safra a mesma estimativa que vinha sendo apontada antes mesmo do início da colheita. O Estado deverá colher 978 mil toneladas de arroz, cerca de 6% a mais do que no ano passado. Dessa projeção, o arroz irrigado representa quase a totalidade - 961 mil toneladas.

Ao contrário de outros estados, as plantações de Santa Catarina não foram afetadas pelo clima desregulado provocado pelo fenômeno El Niño. Nem a falta de chuva em janeiro chegou a prejudicar o arroz catarinense. Além disso, a ampliação das áreas plantadas de 139 mil para 143 mil hectares contribuiu para o crescimento da produção.

Esse desempenho positivo não poderia acontecer num melhor momento. O arroz está presente na mesa de todos os brasileiros e será um dos esteios do Programa Fome Zero do governo federal. Como a produção nacional é inferior ao consumo - 10,5 milhões de toneladas produzidas para 13 milhões consumidas -, qualquer aumento na produção é bem-vindo.

Nos municípios do Extremo Sul do Estado, o bom momento da cultura do arroz está impulsionando o desenvolvimento da atividade. Um exemplo disso é a Cooperativa Agropecuária de Jacinto Machado (Cooperja), que deve receber 1,4 milhão de sacas neste ano. A cooperativa foi uma das empresas que mais cresceram na região nos últimos cinco anos e quer atingir a marca de 2 milhões de sacas em 2005.

O presidente da Cooperja, Vanir Zanatta, diz que a empresa precisou alugar uma terceira unidade de recebimento em Santo Antônio da Patrulha (RS) para completar o volume necessário para o beneficiamento e desafogar os silos de Jacinto Machado e Praia Grande.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.