Atletas e torcedores que retornarem da Coréia passarão por tapete antiaftosa nos aeroportos do país

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento reforçará a vigilância sanitária nos aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo na próxima semana instalando um dispositivo de prevenção contra a propagação do vírus da febre aftosa - o pedilúvio. A medida terá como alvo os jogadores e membros da comissão técnica da seleção brasileira de futebol, além dos torcedores que retornarem da Coréia após a final da Copa do Mundo. No mês de maio, autoridades sanitárias detectaram a presença de focos da aftosa em seu território.

O pedilúvio é um tapete feito de material sintético com carbonato de sódio a 4%, antiderrapante e com um centímetro de espessura, que sempre é utilizado em caso de necessidade de desinfecção de sapatos de passageiros oriundos de países onde há o vírus da doença.

Esta não será a primeira vez que o ministério utilizará o dispositivo antiaftosa nos aeroportos. Em março do ano passado, em virtude da ocorrência da febre aftosa na Argentina e em rebanhos dos países da União Européia o pedilúvio foi instalado nos aeroportos Salgado Filho (RS), Guarulhos (SP), Galeão (RJ), além de Brasília e Natal.

De acordo com a diretora do Departamento de Defesa Animal, Denise Euclydes Mariano da Costa, a desinfecção, que também pode ser feita através de rodolúvios e bombas de alta pressão, é apenas uma das ações desenvolvidas pelo ministério para reforçar o sistema de proteção contra o ingresso de problemas sanitários no Brasil. “A desinfecção só é recomendada, no caso da aftosa, quando existem focos ativos, com elevada carga viral, como ocorre atualmente na Coréia do Sul”, afirmou.

No caso da Argentina, o ministério já determinou a suspensão das atividades de desinfecção junto aos postos, portos e aeroportos, uma vez que a última ocorrência da doença naquele País foi registrada em janeiro deste ano.