Atraso no Brasil suplanta alta em Chicago
“O mercado incorporou algum medo de atraso no plantio no Brasil"
Foto: Nadia Borges
O atraso no plantio/colheita no Brasil deu suporte a mais um dia de alta nos preços da soja na Bolsa de Chicago, segundo informações da TF Agroeconômica. “O mercado de soja validou o aumento significativo de ontem e os lucros de spread”, comenta.
“O mercado incorporou algum medo de atraso no plantio no Brasil. Assim, se o ciclo de produção avançar, é interpretado que a China estenderá sua janela de compras temporárias para os EUA até janeiro/fevereiro (quando a colheita entraria começando no Brasil). Enquanto isso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou as vendas de soja americana para a China por 132.000 tons e outros 120.000 tons para destinos desconhecidos”, completa.
Para as exportações semanais dos EUA, espera-se um volume de 1,5 – 2,5 milhões de toneladas. “Para o USDA de outubro de 2020, há consenso sobre ligeiros cortes na estimativa de produção para 116,5 milhões de tons e estoques finais nos EUA em 10 milhões de tons. Enquanto isso, o avanço da colheita no Centro-Oeste americano ultrapassa 38%, mostrando uma prévia do ritmo histórico (28%). As previsões climáticas parecem favoráveis ao desenvolvimento de tarefas”, informa.
“O complexo de soja encerrou a sessão do meio da semana misto, depois que os futuros recuaram das máximas do meio-dia. Os contratos de soja diferidos terminaram no vermelho. Os contratos de novembro e janeiro mantiveram ganhos de até 7 centavos. Os futuros de farelo de soja fecharam em US$ 4,90 a US$ 6,70/tonelada mais alta. Os futuros do óleo de soja terminaram mistos, com ganhos limitados a 2 pontos e perdas limitadas a 8”, conclui.
