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Atrelagem acontece no domingo na Expointer

Inédita exibição do esporte com quadra de crioulos será prévia da final do Freio de Ouro


Ocorre neste domingo, dia 29, às 12h30min, no Parque de Exposições Assis Brasil, na Expointer, uma exibição de Atrelagem. Pela primeira vez uma quadra de cavalos crioulos gateados será apresentada em solo nacional. A demonstração do esporte, ainda desconhecido no Brasil, servirá de preliminar para a Final do Freio de Ouro, mais importante prova da raça.

Já popular na Europa, com adeptos como o príncipe Philip, marido da rainha da Inglaterra, Elizabeth II, a Atrelagem (Driving, em inglês) é o esporte equestre mais antigo que existe – virou modalidade da Federação Equestre Internacional (FEI) em 1970. São carruagens puxadas por um (atrelagem para um cavalo), dois (parelha) ou até quatro cavalos (quadra) nas categorias Adestramento, Maratona e Maneabilidade com cones. A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) oficializou a Atrelagem no país em 2009, graças aos esforços dos proprietários da Estância São Francisco de Borja, em Amparo (SP).

A família Borja sempre teve na criação de cavalos um hobby. Cláudio, o patriarca, conheceu a raça bretão em viagens pela Europa e adquiriu alguns animais. Por ser um cavalo difícil de montar devido ao grande porte, Cláudio começou a investir na compra de carruagens. Logo a filha Carolina, ex-praticante de Saltos, também aderiu à prática. Quando foi trabalhar como veterinária no Haras Larissa, em Monte Mor (SP), levou cavalos e equipamentos para Atrelagem a uma festa de Natal, em 2008. Os convidados apaixonaram-se pela iniciativa logo à primeira vista.

Desde então, Carolina, nomeada diretora técnica do esporte da CBH, comanda as atividades de treino no Haras Larissa – o primeiro centro de Atrelagem do Brasil. Em abril, ela somou quatro crioulos a sua tropa de animais e introduziu os novatos no esporte – no Exterior, raças polonesas, holandesas e alemãs são utilizadas na prática da Atrelagem Esportiva.

A ex-amazona surpreendeu-se com os bons resultados: com quatro meses de treino, os animais já estão atrelados juntos, tanto que farão a apresentação na Expointer – em média, para atrelar uma quadra, são necessários até dois anos de treino, tanto para lazer quanto para competições. O bom temperamento é uma das grandes qualidades do crioulo. “Todos aprendem muito rápido. Eles têm boa cabeça, capacidade de tração, bom andamento, são calmos e muito inteligentes”, elogia.

A fama da raça cruzou o Oceano Atlântico. O português Rui Quintino, membro da Diretoria da Associação Portuguesa de Atrelagem, com participação em vários concursos, esteve no Haras Larissa e aprovou o desempenho do crioulo. Quintino deve retornar ao Brasil no final de agosto e fica até outubro para ajudar nos treinamentos.

A exibição na Expointer faz parte do plano de Carolina de divulgar a Atrelagem junto aos criadores de crioulos. Acredita que, como o esporte ainda engatinha no Brasil, animais das diversas raças competirão em igualdade de condições. “Precisamos buscar um público, fazer um trabalho junto às raças, depois ampliar”, sintetiza. “O apoio dos criadores de crioulo é fundamental”.

Além da apresentação, a ideia é promover uma série de test drives ao longo da Expointer para interessados em conhecer a prática – locais e horários ainda serão definidos. Maiores informações sobre Atrelagem podem ser adquiridas no site da CBH (http://www.cbh.org.br/site/index_mod.php?mod=8) ou com a própria Carolina Borja pelo e-mail [email protected].

As informações são de assessoria de imprensa.

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