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Audiência pública sobre leite em GO cobra maior fiscalização

O Estado de Goiás se disponta como produtor de alimentos e como segundo maior produtor de leite no País


A audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (06-11), na Assembléia Legislativa de Goiás, debateu a real situação do leite no Estado, cobrando maior fiscalização, feita pela Agrodefesa e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e inspeção, de competência do Mapa. O encontro foi promovido pela deputada Isaura Lemos.

No que se refere ao governo do Estado, ressalta o superintendente executivo da secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seagro), Luiz Becker Karst, que participou da audiência: "a Seagro, com os demais órgãos federal, estadual e municipal e a iniciativa privada envolvida na cadeia produtiva do leite vai avaliar as denúncias formuladas e posteriormente divulgar o resultado final à sociedade".

Ele ressalta que o governo do Estado, considerando que hoje para que a produção goiana seja competitiva nos mercados externo e interno precisa manter um alto padrão de qualidade, principalmente, para vencer resistências das barreiras sanitárias criadas e impostas pelos concorrentes de mercado, como o europeu.

Goiás se disponta como produtor de alimentos e como segundo maior produtor de leite no País. "Em todo período do Tempo Novo, o governo teve a preocupação em melhorar todos os indicadores técnicos", afirma Becker. Nesse aspecto, o governador Alcides Rodrigues já determinou a contratação de cerca de 300 novos fiscais para a Agrodefesa, responsável pela fiscalização de 172 laticínios no Estado. Isso permitirá a diminuição do espaçamento entre as fiscalizações, que passarão a serem feitas quinzenalmente, sendo que antes o trabalho era mensal. "A medida vai permitir também que se cubram lacunas em determinadas áreas que não são tradicionais na produção leiteira no Estado".

O superintendente afirma que a Câmara Setorial do Leite, conduzida pela Seagro, vai assumir, a partir de agora, o papel de fórum da sociedade, envolvendo todos os integrantes da cadeia produtiva do leite: produtores, comerciantes e consumidores. A denúncia de adição de soda cáustica e água oxigenada ao leite consumido em Goiás reduziu em cerca de 30% a venda do produto nos supermercados da capital. De acordo com o presidente da Associação Goiana de Supermercados (Agos), Reginaldo Vasconcelos, a associação está fazendo um levantamento com todos os supermercados associados para coibir a venda dos produtos irregulares nos supermercados.

A gerente de Educação para o Consumidor do Procon-GO, Sara Saeghe Ximenes, disse que as medidas que cabem ao órgão já foram tomadas e que resta agora é que as instituições responsáveis tomem as devidas providências. Ela enfatizou na audiência que a presença de irregularidades graves no leite causou espanto e levou o Procon a divulgar os resultados.

O presidente da Centroleite, que agrega 14 cooperativas produtoras de leite do Estado, Haroldo Max de Sousa, diz que é preciso ir fundo nas investigações sobre os fraudadores sob pena de a crise se alastrar e sair do controle das autoridades estaduais e federais. O representante do Ministério Público, Robertson Mesquita, disse que os donos de laticínios são os únicos culpados pela crise no setor, e propôs ação civil contra quem adultera o leite. Caso seja comprovada a culpa, o reponsável pode ser multado em R$ 5 mil por cada produto derivado do leite e pena de dois a cinco anos de prisão. As informações são da assessoria de imprensa do Seagro.

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