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Aumenta mercado de seguro para tratores


O mercado de seguro de máquinas agrícolas cresce a passos largos no Brasil e ainda tem um grande potencial de aumento que começará a ser observado pelo setor com mais atenção. Das 500 mil máquinas que fazem parte do parque brasileiro, menos de 30% possuem algum tipo de seguro. Atenta a esse mercado desde 2001, a Case-New Holland (CNH) vem ampliando sua carteira de seguros. No primeiro ano de atividade a empresa segurou R$ 250 milhões em máquinas agrícolas. A carteira dobrou em 2002 e a empresa fechou o ano realizando R$ 500 milhões em seguros.

"Até abril realizamos R$ 250 milhões em seguros e queremos encerrar 2003 dobrando o resultado do ano passado, fechando com algo em torno de R$ 1 bilhão", diz Carlos Nóbrega, gerente comercial do Banco CNH Capital. Segundo ele, uma das vantagens de se fazer o seguro da máquina, diretamente pelo banco da montadora, é a especialização da entidade.

"Nós conhecemos nosso cliente e sabemos o que ele vai fazer. Muitas seguradoras não entendem que pode haver um sinistro se uma colheitadeira ou trator bater em um pedaço de madeira e atingir uma peça muito cara da máquina. Sabendo das necessidades do cliente a negociação se torna mais fácil", afirma Nóbrega.

Nóbrega lembra que quase todas as empresas seguradoras do Brasil possuem algum tipo de seguro para máquinas agrícolas, "mas com especialização no segmento, apenas o banco CNH."

"Nossa carteira de máquinas seguradas é da ordem de 13 mil. Considerando um parque de 500 mil, esse é um número que poderá crescer bastante nos próximos anos", afirma o executivo. Também atuando na área de seguros de máquinas agrícolas no Brasil, o Banco John Deere exige que todas as máquinas que saem da fábrica possuam seguro. "O seguro não é feito diretamente pelo banco. Existe uma empresa seguradora com quem trabalhamos e que faz o seguro de 100% das máquinas que saem de nossa fábrica", afirma Ralf Sommer, diretor-presidente.

Segundo ele, o produtor tem uma certa dificuldade em aceitar o seguro de máquinas, já que considera pouco provável um roubo ou algum outro tipo de sinistro. Mesmo assim, Sommer considera que o mercado de seguro de máquinas agrícolas tende a crescer e a maioria das seguradoras brasileiras não dá a devida atenção para este mercado. "O risco para as seguradoras é muito baixo. Seria interessante se houvesse uma especialização, já que muitas não estão preparadas para atuar neste segmento", diz.

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