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Aumento nas emissões de CO2 e o crescente impacto das tecnologias renováveis

Como fica a demanda de produto fóssil, enquanto aumenta pratica de tecnologias renováveis ?


Foto: Divulgação

Por Luiz Antonio Pinazza 

Engenheiro Agrônomo - agronegócio e sustentabilidade

Nas apresentações dessa primeira metade da 28ª edição da Conferência das Nações sobre Mudanças Climáticas (COP28) predomina os debates sobre a emergência climática. A hipertensão deverá prevalecer sobre as lideranças políticas. Os recursos para o Fundo de Perdas e Danos criados na COP27, em Sharm el-Sheikh, no Egito, terão de aparecer. A reverberação se alastrará. Somente na COP28 se estima a presença de 70 mil pessoas entre comitivas com autoridades de mais de 150 nações e sociedade civil.

Produzido por 120 cientistas, o relatório da 18ºedição anual da “Global Carbon Budget”, divulgado pelo Global Carbon Project no âmbito da COP-28, aponta outro aumento nas emissões de carbono em todo mundo para 2023. Em comparação com 2022, a quantidade passa de 40,6 bilhões de toneladas para 40,9 bilhões (+1,1%). Apesar das advertências de especialistas, o resultado ratifica a distância persistente em relação às urgentes metas climáticas globais que deveriam serem cumpridas.

O estudo ressalta sobre a emergência climática para os países descarbonizarem de forma célere as respectivas economias. Essa mudança evitará a ocorrência de piores impactos advindos das mudanças climáticas. Em 2023, as emissões de CO2 subiram na Índia (8,2%) e na China (4,0%), com queda na União Europeia (-7,4%), Estados Unidos (-3,0%) e resto do mundo (-0,4%). As estimativas das emissões globais, por tipo de fonte, devem crescer no carvão (1,1%), petróleo (1,5%) e gás (0,5%).

As indicações da pesquisa do Global Carbon Project também indicam que se os patamares das emissões se mantiverem, com probabilidade de 50%, a temperatura mundial superará, no horizonte sete anos (2030), o teto de até 1,5% superior aos níveis térmicos da era pré-industrial.  Nesta COP28, o Balanço Global (BP) do Acordo de Paris assumido por 196 países, na COP21, concentrará as atenções dos países para negociarem as suas Contribuições Nacionalmente Determinada (NDC) – as metas de emissões de gases e efeito estufa (GEE).

As posições a serem tomadas pelas nações na COP28 envolverão compromissos com as suas políticas para desenvolver tecnologias como solar, eólica, carros elétricos e bombas de calor, dentre outras. Os movimentos nesse sentido existem liderados por potências como a União Europeia, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. Países como Austrália, Japão, Canadá, Chile e Nigéria devem se inclinar nesse lado. Ficam as perguntas sobre os picos de demandas para os produtos fósseis como carvão, petróleo e gás natural?
 

 
 

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