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Aurora investe R$ 90 milhões para ampliar abate de suínos

Aurora está investindo R$ 90 milhões na ampliação da capacidade de abate da unidade de São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul


SÃO PAULO - A Cooperativa Central Oeste Catarinense Aurora - Aurora Alimentos -, está investindo R$ 90 milhões na ampliação da capacidade de abate da unidade de São Gabriel do Oeste, no Mato Grosso do Sul. O aporte permitirá elevar a produção dos atuais 1,2 mil suínos por dia para 2,5 animais por dia a partir de 2010 e expandir a participação da empresa no segmento de hambúrgueres.

Os recursos serão destinados, ainda, a uma nova área de industrializados para produção de linguiças cozidas e defumados. O projeto empregará recursos próprios da cooperativa e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

O aumento na produção de suínos faz parte da segunda fase de um projeto em andamento desde 2007. Na primeira etapa, executada entre setembro de 2007 e novembro de 2008, foram investidos R$ 26,4 milhões na construção da fábrica de hambúrguer da Aurora e das áreas de apoio da unidade.

A incorporação da nova área irá incrementar significativamente a produção de hambúrgueres da Aurora como um todo. A unidade sul-matogrosensse, que atualmente tem capacidade para produzir 32 toneladas por dia de hambúrguer, mas está operando em apenas um turno, produzindo 14,5 toneladas por dia, resultando em um volume mensal de 305 toneladas, poderá dar um salto de produção para 1 mil toneladas por mês, segundo projeção da empresa. A produção será inteiramente destinada ao abastecimento do mercado interno."Trata-se de uma moderna linha industrial que permitiu lançar no primeiro trimestre dez novos itens", disse Mário Lanznaster, presidente da Aurora. "Com isso, vamos conquistar uma presença mais expressiva no mercado brasileiro de hambúrgueres", afirmou. A Aurora atua no mercado de hambúrgueres desde 1998, mas apenas com o produto feito de carne bovina que era vendido em caixa e a granel.

A Cooperativa Aurora é um dos maiores conglomerados industriais do Brasil, com 16 cooperativas filiadas, mais de 77 mil associados e mais de 11 mil funcionários. A empresa exporta hoje cerca de 3 mil toneladas de carne suína, dos quais 1,8 mil toneladas para a Rússia. Apesar de ainda ser bastante significativo o volume vendido aos russos vem caindo anualmente. Até 2005, a Aurora chegava a exportar para a Rússia mais de 4 mil toneladas por ano.

No último dia 20, Lanznaster esteve em Moscou participando de uma missão brasileira que negocia a ampliação das cotas de exportação da carne suína para o país e a redução de tarifas. Apesar de não ter saído otimista do encontro com os russos, essa semana foi feito o anúncio de que mais dois frigoríficos de Santa Catarina estão habilitados a exportar carne suína in natura para a Rússia. O comunicado foi feito à Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa), esta semana, pelo Serviço Federal de Supervisão Veterinária e Fitossanitária daquele país.

Este ano o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentou ao russos uma lista de nove frigoríficos auditados, dos quais cinco já foram habilitados."Espera-se, para as próximas semanas, que o processo desta modalidade de habilitação continue e que, cada vez mais, se intensifique", afirmou na ocasião, Inácio Kroetz, secretário de Defesa Agropecuária.

A Rússia é o principal destino das exportações da carne suína no Brasil. No primeiro semestre o País embarcou 135,5 mil toneladas aos russos, gerando uma receita de US$ 283,8 milhões. No entanto, a Rússia busca a autossuficiência e no período de janeiro a junho de 2009 aumentou em 15% sua produção interna de suínos. Além das razões comerciais, a gripe H1N1, popularmente chamada de gripe suína, aumentou as restrições às importações de carne suína de outros países.

No Brasil, a gripe também está agitando o mercado de suínos, colocando produtores e exportadores em lados opostos. A Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) solicitou ao Mapa que proibisse a entrada de porcos na Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), principal feira agrícola que acontece no Sul do País.Os criadores, a princípio, são contra a decisão.

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