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Áustria pode atrasar acordo UE-Mercosul em 20 anos

Veto parte de um país que não estava na área interessada


O Parlamento da Áustria aprovou uma moção para que o governo local seja obrigado a se opor ao acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul). Com isso, é possível que a iniciativa demore mais 20 anos para se desenrolar, visto que ela precisa do voto positivo de todos os 28 países que compõem o bloco europeu.  

Para Carlo Barbieri, analista político e presidente da empresa de consultoria financeira Oxford Group, o veto da Áustria é inesperado. “Em termos de importância internacional, é relevante esse veto porque parte de um país que não estava na área interessada, como a Alemanha, ou na área que não tinha nenhum interesse, como a França. Levou 20 anos para chegar a um acordo, talvez tome outros 20 anos para chegar a um consenso se haverá acordo ou não”, diz Barbieri à Sputnik Brasil. 

Nesse contexto, o analista afirmou ainda que países de “agricultura subsidiada”, como França e Espanha, são opositores esperados ao projeto porque “não teriam condições de competir com os países do Mercosul e o Brasil em particular” na produção agrícola. No entanto, a Áustria era esperada como sendo um parceiro certo desse tipo de tratado, visto que não tem a perder com a decisão. 

Enquanto isso, a Alemanha e sua forte exportação de produtos manufaturados está no time favorável à ratificação do acordo. Ainda de acordo com Barbieri, o efeito da letargia e da possível não aprovação do acordo entre Mercosul e União Europeia será uma aproximação dos países do bloco latino-americano, e do Brasil em particular, com os Estados Unidos. 

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