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Autossuficiência é meta de longo prazo em adubos

Agricultor não está disposto a pagar mais pela produção local


São Paulo - O volume de cloreto de potássio importado cresceu 57% em 2011; o de fosfato de amônia, 140%; e o de ureia, 85%, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Em resumo, os macronutrientes primários, indispensáveis na fabricação de adubos, responderam pelo maior déficit na balança comercial do setor químico-industrial: US$ 8,7 bilhões no ano passado, quase o dobro do valor apurado em 2010 (US$ 4,8 bilhões). E o Brasil continua sem perspectivas de chegar a autossuficiência na produção de fertilizantes, apesar do governo federal já a ter fixado como meta para 2020 . Na semana passada, finalmente, a Vale concluiu negociações com a Petrobras para o arrendamento da unidade de carnalita, de onde extrairá o potássio, uma dos principais insumos de fertilizantes com investimentos totais de R$ 4 bilhões. Ela projeta uma produção de 3,4 milhões de toneladas /ano até 2015, quando deverá completar o projeto.


E mesmo assim o quadro é sombrio. O mercado de insumos agrícolas não vê possibilidades de autossuficiência em adubos no País. "A autossuficiência, se um dia for alcançada, será no longuíssimo prazo", afirma o executivo Paulo Ricardo Schuch, da Yara Brazil Fertilizantes - braço brasileiro da multinacional norueguesa do segmento. "O agricultor não está disposto a pagar mais pela produção local".


Em janeiro deste ano, o principal item da pauta de importação em produtos químicos diz respeito aos intermediários para fertilizantes com compras acima de US$ 560 milhões, um aumento de 11,9%, na comparação com igual período do ano anterior.

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